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Campo Mourão

Mudança para cívico-militar deixa 200 alunos de Enfermagem sem matrícula na rede estadual de Campo Mourão

Estudantes cobram explicações à Secretaria de Estado da Educação sobre suas matrículas no curso noturno de Técnico em Enfermagem

Alunos de Curso Técnico em Enfermagem pedem liberação liberação de estágios e regularização de matrículas. Foto: Divulgação Assessoria

Em Campo Mourão, a mudança de quatro escolas da rede pública estadual para o modelo cívico militar de ensino que começou a ser implantada neste ano letivo trouxe dor de cabeça para os alunos que estudavam à noite nestas instituições. 

É o caso de cerca de 200 estudantes do Curso Técnico em Enfermagem do Colégio Estadual Marechal Rondon que atualmente estão sem matrícula, isso porque uma das premissas das unidades que adotaram o modelo é não ter aulas à noite, atendendo somente às turmas diurnas.

Na época da consulta pública para mudança, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed) informou que alunos do período que estudavam em escolas estaduais onde foi implementado o modelo militarizado seriam transferidos para outras instituições de ensino. 

Ao todo cerca de 200 alunos, que iniciaram as atividades no Colégio Estadual Marechal Rondon, deveriam ter  sido transferidos para o Colégio Estadual de Campo Mourão. No entanto, a matrícula desses estudantes não está ativa, fato que vem acarretando prejuízos no aprendizado e nas carreiras profissionais. 

Na última sexta-feira (9) um grupo de alunos do curso procurou o deputado estadual Douglas Fabrício (Cidadania) para que este auxilie na solução do problema. 

Ao deputado os alunos reclamaram que não recebem um posicionamento oficial da Seed sobre o curso. A estudante do 4° período curso, Claudinéia Rocha explica que as turmas dependem de uma posição da Seed, considerando que muitos já perderam oportunidades de estágios em função de estarem sem matrícula. 

Já o estudante do 3º período,  Geovane Lucas de Souza, afirma que conforme o planejamento do curso, as aulas deveriam ser retomadas de forma remota, modalidade que não aconteceu. “Isso vem prejudicando seriamente os estudantes. Precisamos de uma posição por parte da Seed”, frisou Souza.

“São reivindicações justas, de pessoas que querem estudar e trabalhar. O momento também precisa de profissionais na área de saúde”, declarou Douglas Fabrício, lembrando a importância dos profissionais de saúde neste momento de pandemia.  

Para o representante do legislativo paranaense as reivindicações são realmente necessárias para o desenvolvimento do curso e sucesso profissional dos alunos e por esses motivos encaminhará um pedido de informações junto a Seed a fim de reivindicar o posicionamento, garantindo direitos dos estudantes.

Veja abaixo o que informa a chefe do NRE. 

Em resposta a nossa reportagem, a chefe do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão (NRE), Ivete Sakuno, manifestou estar ciente sobre o caso e que em conjunto com a Diretoria de Planejamento e Gestão Escolar (DPGE) da Seed busca rápida solução para o impasse.

“Devido a pandemia, a excepcionalidade de se transferir os cursos Técnicos para o Colégio Estadual, tanto SEED como NRE, tivemos que observar toda legislação com muita responsabilidade, respeito e ética que o assunto merece. Importante ainda registrar que nosso compromisso está voltado à formação de nossos alunos. E no caso específico, são profissionais que estarão cuidando de vidas que, devido a pandemia, estiveram impossibilitados de realizarem aulas práticas e estágios. Diante disso, a responsabilidade se tornou maior ainda. Mas agora, após análise, cuidados necessários e cumprimento da legislação estaremos regularizando a situação de nossos alunos”.

Da Redação com Assessoria

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