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Campo Mourão

Futsal mourãoense comemora 10 anos de conquista histórica

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Uma conquista histórica. No ano de 2006, a equipe do Campo Mourão Futsal, comandada pelo jovem técnico Eberton de Souza, o Beto, fazia história, com a conquista da Copa Sul de Futsal. O grupo, composto por atletas basicamente locais, iniciou a disputa jogando em casa, no Ginásio de Esportes Valternei de Oliveira (Lar Paraná), perdendo para o Farroupilha do Rio Grande do Sul por 2 a 1, vencendo o Colegial, de Santa Catarina, por 4 a 2 e empatando com o forte Cascavel em 2 a 2. E amanhã, terça-feira, dia 9, esta conquista completa 10 anos. A competição foi realizada entre os dias 5 e 9 de fevereiro daquele ano.

Com os resultados, os mourãoenses se qualificaram para a disputa da segunda fase, já no dia 8 de fevereiro, um dia após o encerramento da fase inicial, em Palotina, no Ginásio de Esportes Ardomar Somensi. Na semifinal, um adversário de respeito na época, que foi a John Deere, de Horizontina (Rio Grande do Sul), que era uma das potências do futsal nacional na época. Ousada, a equipe mourãoense conseguiu uma grande proeza, que foi vencer os gaúchos pelo placar de 3 a 2, o que deu o direito a disputa final.

O Campo Mourão Futsal jogava a final, com o time da casa, no dia 9 de fevereiro de 2006, com o direito a dois empates, um no tempo normal e outro na prorrogação. A pressão local foi imensa, já que os palotinenses já eram “rivais” em potencial do time mourãoense ao longo dos anos. Inclusive, nos Jogos Abertos, em 1987, na final da disputa, em Campo Mourão, Palotina havia vencido por 1 a 0, numa das mais duras derrotas do futsal mourãoense em toda a história.

O jogo começou duro, em uma forte disputa, mas quem abriu a grande noite para o Campo Mourão Futsal foi Fernando, que marcou seu gol e começou a trilhar a conquista que se viria ao final daquela partida. O tempo normal terminou em 4 a 4, o que levou o jogo para a prorrogação. Na prorrogação, 1 a 1, jogo terminado em 5 a 5, com requintes de sofrimento, já que o Palotina, no finalzinho do período extra, ainda colocou uma bola na trave mourãoense. Gelsinho, Weverton (dois) e Paulinho, foram os autores dos outros gols. O então Secretário Especial do Esporte, Recreação e Lazer do Município, Itamar Tagliari, acompanhou a participação da equipe na competição e no jogo final.

Mas naquele time, o grupo fazia a diferença, composto por pelos goleiros Nikinha, Lambari e Buiu; os fixos Régis e Tanaka, os alas Giva, Gelsinho, Esquerda, Vinicius Henrique, Esquerda e Weverton e os pivôs Paulinho, Fernando, Rheverson e Paulo Gil. Assim, apenas Régis, Giva e Paulo Gil foram os atletas de fora da cidade na disputa. “Foi histórico, um momento único, pois conseguimos resultados surpreendentes. O maior exemplo deles foi o 3 a 2 sobre a John Deere, que muitos até dos nossos dirigentes chegaram a não acreditar”, ressalta Beto.

O grande destaque naquela campanha memorável foi o goleiro Alexandre Rodrigues, o Nikinha, mourãoense, mas que já tinha uma história de sucesso no futsal estadual. Com cabelos compridos, muito diferente do seu visual de hoje em dia, o goleiro foi o melhor atleta da competição, defendendo com maestria a meta mourãoense. “Foi uma conquista inesquecível, que mesmo com o passar dos anos ficará gravada, pois foram momentos especiais, daqueles que marcam toda uma carreira”, destaca o atleta, hoje defendendo o Paranavaí.

Meses depois, já próximo do final do ano, estes mesmos garotos novamente fariam história, ao conquistar a Fase Final dos Jogos Abertos do Paraná, em Maringá, depois de 18 anos, já que a última conquista desta competição havia sido em 1988, em Guarapuava. Lá em Maringá, por sinal, o enredo foi praticamente o mesmo. O time eliminou mais um forte adversário, o Cascavel, e enfrentou Pato Branco na final, equipe que seria campeã paranaense naquele ano. E teve empate no tempo normal, teve pênalti; enfim, praticamente a mesma história.

“Foi um grande momento do futsal masculino adulto de nossa cidade. Hoje, infelizmente, estamos na Chave Prata Paranaense, e precisamos que nossa modalidade se reerga novamente, que vislumbre dias melhores, que busque estas conquistas, mais uma vez. É o momento do torcedor voltar a dar aquele apoio incessante, abraçar o futsal, motivado pelas grandes conquistas do passado, pois realmente nossa modalidade precisa, necessitamos de novos bons momentos, e certamente tudo isso voltará a acontecer”, finaliza Beto.

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