O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, disse ao Supremo Tribunal Federal que a nomeação de ministros e distribuição de cargos ao PSDB no novo governo interino de Michel Temer, fazem parte da tentativa de encerrar a Lava Jato.
Estas declarações estão no pedido de prisão dos figurões Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá.
Janot afirmou que as nomeações fazem parte do que chamou de “solução Michel”. Sobre o objetivo das nomeações o Procurador foi claro: “construir uma ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar três medidas de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização criminosa”
Essas medidas seriam a proibição de acordos de colaboração premiada com investigados ou réus presos; a proibição de execução provisória da sentença penal e a alteração do regramento dos acordos de leniência.
“Pode-se inferir destes áudios que certamente fez parte dessa negociação [plano contra Lava Jato] a nomeação de Jucá para pasta do Ministério do Planejamento, além da nomeação do filho de Sarney, para o Ministério do Meio Ambiente, e de Fabiano Silveira, ligado a Calheiros, para o Ministério que substituiu a Controladoria-Geral da União, além dos cargos já mencionados para o PSDB”, afirmou o procurador-geral.