O Conselho Estadual da APP Sindicato, entidade que representa professores e funcionários da rede de educação pública do Paraná, se reuniu na manhã desta quinta-feira, 6, para deliberar sobre o que classificam de “ataques do governo estadual”.
Após horas de debates, o conselho estadual convocou a Assembleia Geral da categoria, para o feriado do dia 12 de outubro para votar o indicativo de greve para o dia 17 deste mês, por tempo indeterminado. O local da Assembleia ainda será definido pelo sindicato. Com a deliberação do conselho, o Paraná está na iminência de uma nova greve geral de professores e funcionários, que deverá ser acompanhada por outras categorias do funcionalismo público estadual, como os próprios professores e funcionários do ensino superior
Os educadores denunciam que o governo nem vem cumprindo o acordado para o encerramento da última grande greve em 2015. Além dos atrasos nos pagamentos das promoções e progressões, o governo, um dia após as eleições municipais, enviou um projeto à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, que tornou inválida a lei que estabeleceu o reajuste anual da data-base, que seria em janeiro e ainda, de acordo com a APP, deve parcelar para o ano que vem o pagamento dos professores e funcionários, valor estimado em R$ 600 milhões de reais pelo sindicato.
O Presidente estadual da APP Sindicato, por meio da assessoria de imprensa da entidade, criticou o governo Beto Richa (PSDB): “Domingo fechou as urnas e na segunda já estava na assembleia a proposta que nega a possibilidade do reajuste e nega também a possibilidade da promoção e progressão. Não é ter que escolher entre um ou outro. E o não pagamento de nenhum dos dois”.
Pauta de reivindicações
O sindicato encaminhará a seguinte pauta de reivindicações: Retirada das emendas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que acabam/alteram o pagamento da data-base; pagamento das dívidas com os(as) educadores(as); a retirada da falta do dia 29 de abril; manutenção do PDE e das licenças especiais e, no âmbito nacional, contra a MP do Ensino Médio, a PEC 241, o PLS 54 (antigo PL 257) e contra a reforma da previdência.
Richa
Ao comentar a iminente greve dos professores e do funcionalismo público estadual, o governador Beto Richa, classificou a greve como “infundada” e se defendeu falando sobre a crise que o país vive. Ainda, de acordo com o governador, muitos estados não estão pagando em dia seus funcionários.