Uma imagem de Nossa Senhora das Dores, trazida de Portugal em 1700, é a peça mais antiga em exposição no Museu Municipal Deolindo Mendes Pereira, de Campo Mourão. Ela foi doada ao museu pela família Pereira, pioneira da cidade. A peça está em uma redoma de vidro na sala temática “Comércio e Religião”.
Já a peça mais recente é um lampião a querosene, utilizado na década de 60, que foi doado este ano por Antonio Neumann. “Ele teve o cuidado de doar todas as peças que compõem o lampião, inclusive um vidro nunca utilizado e um pavio que na época era conhecido por camisinha”, explica a coordenadora do Museu, Edina Simionatto.
Atualmente o Museu Municipal conta com mais de 600 peças, além de cerca de 800 documentos e mais de quatro mil fotografias. Segundo Edina, o acervo está em processo de informatização. “Todos os objetos são fotografados, medidos e registrados”, explica. O acervo é organizado em salas temáticas: Comércio e Religião, Viajantes, Pioneirismo, Saúde e Educação, Política-administrativa, além da sala da Imagem e do Som.
A coordenadora lembra que interessados em doar para o museu devem procurar o órgão para análise do objeto. “Acontece, às vezes, da pessoa fazer um descarte de objetos antigos na casa e achar que servem para o Museu. É preciso uma análise criteriosa”, informa, ao lembrar que é feito um termo de doação e registro em livro. “Uma vez doado, o objeto não pode mais ser retirado do Museu”, acrescenta.
VISITAÇÃO
O Museu é aberto ao público de terça a sábado e pode ser visitado por qualquer pessoa, sem prévio agendamento. “Já as visitas em grupo é preciso agendar”, explica Edina. O carro-chefe do Museu, segundo ela, é o projeto “Um Passeio pela Memória”, onde são agendadas visitas de alunos.
“Eles conhecem a história da cidade e região através de palestra e um audiovisual”, diz Edina. Além de trabalhar a história com as crianças, também há um projeto com os idosos, denominado Roda de Pioneiros. “É muito importante a participação da comunidade nas atividades do museu para o processo de preservação da história do município e região”, acrescenta Edina, que há 24 anos coordena o Museu.