O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) informou nesta quarta-feira (12) que vai encaminhar o caso da juíza Inês Marchalek Zarpelon, que associou a condenação de um homem negro à sua cor de pele, para apuração da Corregedoria-Geral da Justiça.
A juíza da 1a. Vara Criminal de Curitiba condenou um homem negro a 14 anos por organização criminosa e cometer furtos no centro de Curitiba. Como justificativa, ela escreveu em sua decisão que o suspeito seria:
“Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão de sua raça, agia de forma extremamente discreta, os delitos e seu comportamento, juntamente com os demais, causavam desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente”.
O condenado é um homem de 42 anos, acusado pelo Ministério Público de participar de uma quadrilha que praticava os crimes conhecidos como “saidinha de banco”. Eles esperariam as vítimas saírem do banco para pegarem sua carteira, bolsa ou mochila e saírem correndo.