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O Paraná já perdeu 7 médicos para o coronavírus; veja quem eram estes profissionais

Desde o início da pandemia de covid-19, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), sete médicos morreram no Paraná em decorrência da contaminação pelo novo coronavírus. Com idades entre 32 e 80 anos, eram especialistas nas mais diversas áreas: radiologia, ortopedia, cardiologia, pediatria, ginecologia, neurocirurgia, otorrinolaringologia. Alguns atuavam na linha de frente no combate ao vírus que os vitimou. Saiba um pouco mais sobre quem eram esses profissionais:

Nelson Martins Schiavinatto

Nascido em Londrina, Nelson Martins Schiavinatto, tinha 80 anos, formado em Medicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR), 1968 e tornou-se referência em radiologia e diagnóstico por imagem no município de Cianorte, onde viveu a maior parte da vida. Mantinha uma vida saudável,praticava atividade física regurlamente. Faleceu no dia, 3 de abril após retornar de uma viagem a Santa Catarina.

Milton Luiz Ciappina

Com 72 anos de idade, Milton Luiz Ciappina continuava trabalhando quando surgiram os primeiros casos de covid-19 no Brasil. Médico concursado do município de Fazenda Rio Grande, onde atuava na saúde básica, tinha acabado de entrar em quarentena quando começaram os primeiros sintomas da doença, em abril. Internado no Hospital Sugisawa, em Curitiba, por mais de duas semanas, período em que foi para a UTI duas vezes, Dr. Milton morreu no dia 3 de maio.

Clóvis Gorski

Médico cirurgião Clóvis Gorski não quis parar de trabalhar mesmo com o avanço da pandemia do novo coronavírus. O Hospital Santa Tereza, em Guarapuava, onde atuava havia quase 40 anos, suspendeu as cirurgias eletivas, mas ele insistiu em continuar atendendo em seu consultório, onde acabou contraindo o vírus de um paciente. No dia 9 de junho, não resistiu à doença.

Caio Martins Guedes

Residente de ortopedia e traumatologia no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, Caio Martins Guedes, 33, estava no exercício da atividade quando foi contaminado pelo novo coronavírus, em junho. Nascido em Taguatinga, no Distrito Federal, ele trabalhava na instituição desde 2018. No dia 10 de junho, foi internado no Hospital Pilar, em Curitiba, onde ficou 12 dias, até falecer, no dia 22.

Jorge Karigyo

Jorge Karigyo, ou Dr. Jorge, como era conhecido em Maringá, estava com 62 anos, quando testou positivo para covid-19. Foi internado no dia 29 de junho e, diabético, viu seu quadro se agravar até seguir para a UTI do Hospital Paraná no dia 7 de julho, onde não resistiu, vindo a falecer no dia seguinte. Vinculado à UPA Zona Sul, era reconhecido na cidade como um profissional humano, caridoso e carismático. Nas redes sociais, a morte do médico, natural de Assaí e que tinha titulação em ginecologia e obstetrícia, gerou grande repercussão.

Gerson Marcio Negrissoli

Nascido em Cruzeiro do Oeste, Gerson Marcio Negrissoli formou-se em Medicina, em 1994, pela Universidade Católica de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Atuou inicialmente em Rondônia e retornou a seu estado natal em março de 1997. Chegou a ser prefeito de Alto Piquiri entre 2009 e 2012. Segundo a secretaria de saúde do município, Dr. Gerson apresentou os primeiros sintomas de covid-19 no início de julho e, em seguida, testou positivo para a doença. No dia 20 daquele mês, com o agravamento do quadro, foi transportado até o Hospital Cemil, em Umuarama, mas não resistiu.

Lucas Pires Augusto

Com apenas 32 anos, Lucas Pires Augusto foi o mais jovem dos médicos que atuavam no Paraná a falecer com o novo coronavírus. Especialista em neurocirurgia, ele atuava na região de Ivaiporã. Já com o diagnóstico de covid-19, pouco antes de ir para a UTI do Hospital Maringá, no dia 27 de julho, ele postou uma mensagem que comoveu o país. “Estou indo neste momento para a UTI, devido a um agravamento do caso de covid-19. Ficarei incomunicável, mas desde já agradeço aos amigos pelas orações. Peguei essa doença fazendo o que amo, cuidando dos meus pacientes com amor e dedicação. Faria tudo outra vez.” Nascido no Rio de Janeiro, cresceu em Cataguases, Minas Gerais, e escolheu a UFPR para estudar Medicina. Em 2013 mudou-se para Ribeirão Preto, São Paulo, onde fez residência em neurocirurgia na Universidade de São Paulo (USP). Foi infectado com o novo coronavírus no atendimento a um paciente que testou positivo dias depois de uma consulta.

Vicente Lúcio Viana Lopes

Natural de Rio Negro, onde nasceu em 11 de abril de 1941, o pediatra Vicente Lúcio Viana Lopes continuava na ativa até o início do ano.  Com o início da pandemia do novo coronavírus, Dr. Vicente interrompeu os atendimentos. Formado em Medicina pela UFPR em 1964, fez estágio no berçário do Hospital de Clínicas (HC) e no Centro de Pesquisas Imunológicas da Faculdade de Medicina da USP. Foi voluntário na disciplina de Clínica Pediátrica e Higiene Infantil do Setor de Saúde da UFPR, de 1966 a 1971, tornando-se em seguida auxiliar da disciplina de Higiene, Medicina Preventiva e do Trabalho, e passando, em 1977, a professor assistente na disciplina de Saúde Comunitária, cargo que exerceu até 1996. Em 2014, por ocasião de seus 50 anos de atividade, foi homenageado pelo CRM-PR com o Diploma de Mérito Ético-Profissional, por seu histórico exemplar.

Via GZTP

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