Nessa sexta-feira (4) a prestigiada revista científica “The Lancet” publicou artigo afirmando que a vacina russa contra o novo coronavírus é segura e produz imunidade. Sendo assim, o Governo do Paraná deve protocolar em até dez dias, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o pedido para iniciar os testes da vacina russa contra a covid-19.
A fase 3 dos estudos clínicos deve contar com a participação de pelo menos dez mil voluntários, de acordo com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), os resultados das duas primeiras fases de testes da vacina russa foram compartilhados em agosto. O órgão trabalha em parceria com o Instituto Gamaleya desde julho, quando um acordo embrionário entre Paraná e Rússia foi assinado para viabilizar os estudos no Brasil.
Ainda nesta sexta-feira (4) o Tecpar deve anunciar novos detalhes sobre a parceria com Moscou para o eventual desenvolvimento da vacina contra a covid-19. O Instituto também deve atualizar as informações sobre a previsão de testagem da Sputnik V no Brasil.
A vacina foi a primeira contra o novo coronavírus a ser registrada no mundo. O anúncio foi feito em agosto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. No entanto, até agora, havia ceticismo internacional de que o país tivesse desenvolvido uma vacina eficaz e segura.
Segundo os resultados publicados na “The Lancet”, a vacina russa produziu uma resposta de anticorpos em todos os participantes dos testes em estágio inicial e não houve nenhum efeito colateral sério.
Os dois testes foram conduzidos em junho e julho deste ano e envolveram 76 participantes. A revista científica também afirma ainda que são necessários testes em maior escala e de prazo mais longo.
Com os resultados agora publicados pela primeira vez em uma revista científica de prestígio, um funcionário russo do alto escalão do governo disse que o país enfrentou seus críticos no exterior, segundo a agência de notícias Reuters.
“Com esta (publicação), respondemos a todas as perguntas do Ocidente que foram diligentemente feitas nas últimas três semanas, francamente com o objetivo claro de manchar a vacina russa”,
Disse Kirill Dmitriev, chefe do Fundo de Investimento Direto Russo ( RDIF), o fundo soberano da Rússia, que apoiou a vacina.
De acordo com a Reuters, Dmitriev disse que pelo menos 3 mil pessoas já foram recrutadas para o teste em grande escala da vacina Sputnik-V, lançado na semana passada, e os resultados iniciais são esperados para outubro ou novembro deste ano.
Da redação com informações Reuters e Agência Notícias