Nos meses de setembro, outubro e novembro os escorpiões estão em época de reprodução da espécie e isso pode acarretar em um grave problema: aumento nos ataques. A situação tende a se agravar com o período de calor e chuvas.
Segundo Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde neste período há um maior número de de escorpiões, o município já detectou o aumento da incidência em vários bairros de Campo Mourão, entre eles da espécie amarela, que é a mais perigosa.
Por isso, o trabalho de orientação também foi intensificado nas áreas onde eles têm aparecido, como nos jardins Copacabana, Ipanema e trecho da área central até a Vila Urupês.
“Contabilizamos 130 quadras, onde foram encontrados escorpiões em diversos imóveis. Fazemos esse trabalho de acompanhamento há 19 anos e ultimamente temos visto incidência onde não tinha”, ressalta o chefe da Vigilância Sanitária, Carlos Bezerra.
Nesta terça-feira (29), ele esteve no Jardim Ipanema, na casa da dona Leoni Chamberlain. Ela encontrou um escorpião na sala e após matá-lo colocou em um frasco e acionou a Secretaria de Saúde. “Era um escorpião preto”, explicou Leoni, que mora na residência há dois anos. Ela recebeu todas as orientações sobre os procedimentos a serem adotados caso encontre outros.
Bezerra reforça sobre os cuidados com a espécie de amarela, que em caso de picada pode afetar o sistema nervoso e levar a óbito. Nos acidentes considerados leves, a pessoa apresenta inchaço, vermelhidão, calor e pelos eriçados no local da picada. Nos casos moderados, somam-se sintomas como vômitos, náuseas, hipertensão e taquicardia. Os acidentes graves podem provocar vômitos intensos e frequentes, muita sudorese, agitação, aumento ou diminuição da frequência cardíaca, arritmias, contrações musculares, edema e choque.
Ao ser picada, a vítima deve lavar o ferimento com água e sabão, e procurar imediatamente um atendimento médico.
“Uma vez no ambiente, é praticamente impossível erradicar o escorpião, por isso as medidas preventivas são muito importantes”, reforça Bezerra.
Períodos de elevação da temperatura e muitas chuva agrava a situação. Isto porque os córregos e esgotos enchem e os animais tendem a fugir para as residências. O escorpião abriga-se em terrenos baldios com mato e lixo doméstico, embaixo de pedras, tijolos, telhas, montes de lenha. Na natureza vivem sob cascas de árvores, cupinzeiros, barrancos e troncos apodrecidos.
Se o morador encontrar um escorpião deve acionar a Vigilância Sanitária Municipal e aguardar os profissionais de saúde.
Prevenção
Uma das formas de evitar o aparecimento dos escorpiões é diminuir a população de baratas nas residências, uma vez que elas são fonte de alimentação dos escorpiões. Os escorpiões, normalmente, ficam em lugares sombreados, escuros e úmidos.
Para prevenir a entrada de escorpiões em casa, é importante que seja feita a vedação de ralos e buracos de pias, com telas ou peneiras e só abrir quando for usada. Fazer barreiras físicas, conservar o imóvel livre de rachaduras e manter o quintal limpo, já que este, costuma ser a porta de entrada dos escorpiões nos imóveis.
Além disso, não se deve deixar madeiras amontoadas e entulhos, pois os escorpiões se abrigam e se reproduzem nestes locais.
Para evitar a picada desses animais é importante sempre examinar roupas pessoais, de cama e banho, e calçados antes de usá-los. Ter cuidado redobrado ao mexer em gavetas, caixas ou sacolas sem antes examiná-las.
Mesmo no banho deixar o ralo fechado e só abrir ao final para a vazão da água ser mais forte e mandar para longe o animal que pode estar escalando o cano para sair pelo ralo.
Da Redação com informações Assessoria