O consumidor vem notando uma alta no preço do gás de cozinha. Pela oitava vez no ano, o governo federal autorizou a Petrobras a reajustar para cima os preços de venda de gás natural para as distribuidoras. No acumulado deste ano o aumento chegou a 16,6%.
O movimento começou nessa última quarta-feira (4), quando a Petrobras anunciou um reajuste médio de 33% no preço da molécula, afetando diretamente o valor do gás canalizado e do GNV, para carros. Mas preço do GLP, o gás de botijão de 13kg, também foi afetado.
Houve um acréscimo no valor em maio, em junho foram mais duas, outra em julho e duas em agosto. A última ocorreu em 20 de outubro.
Dessa forma o Brasil já registra cidades vendendo o botijão de cozinha de 13 kg a R$ 100. No setor de revenda, há a expectativa de que, até o final do ano, novos reajustes possam acontecer.
Com a alta, a primeira pergunta seria se o preço estaria relacionado com a inflação. E a resposta é: não. Os preços do gás subiram mais que a inflação geral.
Em outubro, o botijão aumentou 2,07%, enquanto o IPCA-15 avançou 0,94%. No ano, o gás de botijão acumula um avanço de 5,47%, contra uma inflação geral de 2,31%.
O aumento é impulsionado por petróleo e pelo dólar que estão mais caros, além da maior demanda, devido as pessoas estarem cozinhando mais em casa durante a pandemia. No entanto, segundo o setor, a alta serve, para reequilibrar a margem de lucro que o governo federal espera obter com a Petrobras.