Ontem em reportagem bastante interessante o jornal Gazeta do Povo trouxe a tona o problema que a UPES vem enfrentando para manter o terreno de sua sede no bairro do Juvevê em Curitiba (foto acima Jornal Gazeta do Povo). Não foi a primeira matéria que a Gazeta fez sobre o caso e tenho que reconhecer que foi uma matéria bastante boa. Esse que vos fala esteve lá semana passada e viu que a resistência vai continuar até que um veredicto favorável aconteça.
Entenda o Caso
A disputa pela posse do terreno começou em 1995, quando um cidadão (que os mais antigos no movimento sabem quem é, mas prefiro não citar o nome – RA) vende a área por R$ 7 mil reais ou seja valor muito, mas muito abaixo do que vale o imóvel (se você compra alguma coisa com valor muito abaixo do que realmente vale, no mínimo você fica desconfiado não é mesmo, e confirmado o roubo, você pode ser enquadrado em crime de receptação não é mesmo? – RA). Todos reconhecem a transação, mas como falamos acima esta é irregular. Em 2005 o comprador inicial vendeu a escritura do terreno para uma empreitera. No ano passado, esta empresa conseguiu a reitegração de posse (muito duvidosa) e a sentença foi cumprida na manhã do último dia 8 de Agosto, quando houve agressão a estudantes que defendiam a sede e os responsáveis pela empreitera foram presos pela PM.
Acredito que um espaço como esse além de ser de utilidade pública, é um espaço histórico para a sociedade paranaense e deve permanecer com a entidade, não pode ficar a merce da especulação imobiliária. O grande advogado Luis Edson Fachin(foto acima) pegou o caso de graça e é uma das esperanças. A minha sugestão é que caso esse embrólio não se resolva na justiça, o Governador Roberto Requião desaproprie a área e a seda em definitivo a UPES. Motivos não faltam como eu apontei acima.
Momento nostálgico
Não escondo que fiquei profundamente triste com o ocorrido e quando cheguei ao terreno e não vi a simples casinha fiquei bastante chateado. Lá tive experiências incríveis, participei de reunião, debates, conversas com amigos, fiz amigos que considero muito, joguei muito war (ninguem é de ferro) passei fome quando foi preciso, e naquele espaço recebi muito carinho e apoio de meus camaradas logo depois do ocorrido na Batalha da COPEL. Alías estava lá também quando ocorreu o ataque nas Torres Gemeas em Nova Yorque e acompanhei tudo pelo radinho, junto com a camarada Charlene. Bons momentos que outros jovens do Paraná com certeza também terão o direito de passar.
Bom, a batalha continua e estaremos aqui divulgando os fatos!
Paulo Bocatto
25 de agosto de 2009 às 18:43
Os movimentos estudantis estão comprometidos com o governo,foi-o tempo que havia lisura e independencia,é uma vergonha ver entidades importantes como a UNE recebendo verba (propina) de qualquer governo que seja.
Isso é um assunto que envergonha toda uma geração passada.
Aline
26 de agosto de 2009 às 16:39
E a nostalgia continua…
Bom foram mts coisas..vividas lá reunião intermináveis..reuniões que decidiram o movimento estudantil no estado encontros de grêmios ..encontros da galera era um espaço mto importante.. casa p/ mtos diretores..nossa casinha..O TERRENO É DA UPES..E DE TODOS OS ESTUDADES …
Aline
26 de agosto de 2009 às 16:50
Só pra lembrar as entidades estudantis são mantidas pelo dinheiro do própio movimento assim podendo ser INDEPENDENTE como a sede da Upes mts vezes feito parceria com grêmios do estado inteiro pra pagar sua conta de luz agua..nunca dependemos de doação ou dinheiro publico pra manter a nossa sede..e sim o própio movimento sustenta seus diretores eleitos democráticamente temos venda de carteiras eventos culturais e mtas outras formas de nos manter financeiramente..