Na manhã deste domingo (16) os hospitais de Campo Mourão que atendem pacientes com a covid-19, Santa Casa e Central Hospitalar, publicaram comunicado informando que as instituições estão em situação de colapso e solicitam o desvio de fluxo para outras instituições.
A medida foi tomada devido os Centros de Terapias Intensivas estarem lotados, as altas taxas de ocupação dos leitos de enfermaria e muitos pacientes em estado crítico, aguardando na UPA uma vaga para internação.
As instituições estão em situação de colapso, a nota da Santa Casa diz que estão,“sem condições de receber novos pacientes.”
Já o informe da Central Hospitalar comunica que “pacientes com sintomas gripais, suspeitos ou confirmados covid-19, dirigirem-se a outra unidade de atendimento”.
Nos cinco primeiros meses deste ano, o número de casos de covid-19 e de mortes relacionadas à doença dispararam em Campo Mourão. O reflexo disso é visto nos hospitais, até início de março somente a Santa Casa atendia pacientes infectados com ala exclusiva até que foram habilitados novos leitos na Central Hospitalar. No entanto, isso não poupou a cidade de viver o cenário de caos.
Mesmo com este aumento de leitos, no mês de março os hospitais passaram quase dez dias com as taxas de ocupação de leitos de enfermaria e UTI’s com a capacidade máxima, muitas vezes acima dos 100%.
Em abril houve uma descompressão no ritmo de internações dos hospitais por conta da diminuição de circulação das pessoas por conta de decretos, mas o retorno da flexibilização trouxe novamente uma alta taxa de contágio na população e consequentemente mais moradores adquirindo a forma grave da doença.
Segundo o boletim epidemiológico, desde o dia 29 de abril às enfermarias covid de Campo Mourão estão acima de 100% da taxa de ocupação, ou seja, com mais pacientes que a capacidade e em 6 de maio esgotaram-se os leitos de UTI.
A cidade de Goioerê vive a mesma crise, a UTI e a enfermaria da Santa Casa entraram em colapso total, com UTI com 100% de ocupação e a enfermaria com 110%.
A instituição informou que hoje, domingo, há dois pacientes intubados na enfermaria, e outros dois em estado gravíssimo que podem ser intubados a qualquer momento.