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Campo Mourão

Crianças e adolescentes compõem 37% das famílias que tiveram vítimas fatais da Covid em Campo Mourão

Secretaria Municipal de Assistência Social divulgou, nesta sexta-feira (22), diagnóstico preliminar do programa que atende famílias que tiveram mortes pela doença.

Crianças e adolescentes compõem 37% das famílias que tiveram vítimas fatais da Covid-19 em Campo Mourão. É o que revela o diagnóstico prévio do programa “Campo Mourão Acolhe” divulgado nesta sexta-feira (22) pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

Assistentes sociais, psicólogas e pedagogas da secretaria realizaram, entre os meses de setembro e outubro, 544 visitas a 334 das 346 famílias que perderam familiares para a doença na cidade.

O levantamento já aponta que 125 dos moradores que morreram viviam com pessoas menores de 18 anos em casa, dado que revela a consequência trágica dos dezenove meses de pandemia. O mapeamento ainda mostra que entre as vítimas fatais da doença 193 eram homens e 141 mulheres.

Por trás das mais de 300 vítimas do vírus estão pessoas em luto por alguém que muitas vezes era o esteio da família. Para os que ficam, a vida impõe diversos desafios que vão desde lidar com o processo de luto até a resolução de questões burocráticas do dia a dia familiar. 

Neste contexto, a secretária municipal de Assistência Social, Márcia Calderan explica que o programa visa assegurar o acesso das famílias às políticas públicas e auxiliar este grupo a enfrentar esta fase. “Nesse primeiro momento, levantamos os dados sobre possíveis demandas apresentadas por estas famílias, para estabelecermos as linhas de ações”. Até agora 119 solicitaram atendimento psicológico e 21 famílias apresentaram necessidade de atendimento jurídico. 

Equipe técnica Secretaria Municipal de Assistência Social. Foto: Divulgação

As visitas foram realizadas pelas técnicas dos serviços “É um empenho desses servidores que se dispuseram a fazer essas visitas, inclusive aos finais de semana. Teve casos em que foi necessário ir várias vezes ao endereço para encontrar a família”, complementa.

O programa conta com a parceria de universidades, como o Centro Universitário Integrado e a Faculdade Unicampo. “Destas parcerias, já foram disponibilizados às famílias o atendimento jurídico”, informa Márcia.  

Com relação ao atendimento psicológico, o Ambulatório de Saúde Mental do município está organizando um Pronto Atendimento para as famílias que sinalizaram essa necessidade. Os casos mais graves e urgentes terão atendimento imediato. Para os demais casos, os Cursos de Psicologia das Universidades parceiras realizarão projetos para ações em 2022.

Ainda de acordo com a secretária, o município receberá do Estado um repasse através do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente no valor de R$ 40 mil para atender as famílias com crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade social. A assistência será com bolsas auxílio, benefícios eventuais, entre outros.

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