Campo Mourão ultrapassa 3 mil casos de dengue desde o início do ano epidemiológico (agosto de 2023 até agora). Nesse período também foram mais de 3 mil notificações emitidas pela Vigilância Epidemiológica.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro a março, somente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Pronto Atendimento do Lar Paraná registraram 8.152 atendimentos de pacientes com dengue. Nas Unidades Básicas de Saúde a média é de 90 atendimentos por dia de pacientes com suspeita de dengue.
O mais recente Levantamento do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRA), realizado em março, constatou que a taxa de infestação do mosquito transmissor da dengue é de 4,30% no município. O índice preconizado pelo Ministério da Saúde é abaixo de 1%.
Os locais com maior índice foram os jardins Fortunato Perdoncini (12%), Santa Nilce (8,70%) e Cohapar (8,33%). Os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti estão no lixo descartado de forma incorreta (38,60%), vasos de plantas (27,70%) e pneus (10,80%).
“O método mais eficaz de combater a dengue é eliminar os potenciais criadouros, mas o poder público não dá conta de fazer isso se não contar com a colaboração da população”, reforça a coordenadora do trabalho de campo, Marinalva da Luz.
O município está em situação de emergência de dengue e as medidas de combate foram intensificadas. Também foi ampliada a estratégia de atendimento aos pacientes infectados, como contratação de mais médicos na UPA, funcionamento do PA do Lar Paraná aos sábados e domingos, além dos atendimentos nas UBS.
De acordo com o informe semanal da dengue divulgado pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) nesta terça-feira (23) os municípios pertencentes a 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão contabilizam 20.406 casos e 2 óbitos.
Ao todo, os 25 municípios da região já notificaram 30.353 casos e registraram 24.550 casos prováveis. Entre os confirmados, 11 casos foram classificados como casos de dengue grave (DG) e 169 casos de dengue com sinais de alarme (DSA). Há também a informação que do total, 18.658 são autóctones, o que significa que o paciente contraiu a doença na região em que mora.
