
O Museu de História, Imagem e Som Deolindo Mendes Pereira, recebeu nesta quinta-feira (25) um documento considerado peça-chave para a preservação da memória local: o primeiro livro de alvarás da Prefeitura Municipal, aberto em 1953 e rubricado pelo primeiro funcionário público do município, Casemiro Biaico.
O registro, de valor histórico singular, reúne as autorizações para funcionamento das primeiras empresas de Campo Mourão e de localidades vizinhas que, à época, ainda eram distritos do município, como Araruna, Peabiru, Ubiratã e Nova Cantu e outras localidades.
Segundo o Museu, o material servirá como fonte primária para pesquisadores, estudantes e descendentes de pioneiros que buscam informações sobre antigas casas comerciais pertencentes a seus antepassados. “Esse livro ajuda a compreender a formação econômica e social da região e fortalece a identidade coletiva de Campo Mourão”, destacou a direção da instituição.
Para o coordenador do Museu de História, Imagem e Som, Jair Elias, a conquista tem um simbolismo especial. “Receber esse livro às vésperas dos 78 anos de Campo Mourão é motivo de celebração. Estamos resgatando uma parte essencial da nossa memória e oferecendo às próximas gerações a possibilidade de compreender como se estruturou a vida econômica do município”, afirmou.
Ele também agradeceu ao ex-secretário de Fiscalização, Cristiano Calixto, por ter informado sobre a existência da obra.
O secretário municipal de Cultura, Roberto Cardoso, ressaltou a relevância da doação. “Trata-se de um documento único, que agora estará disponível ao público, reforçando o papel do museu como guardião da memória de Campo Mourão. A preservação e o acesso a esse acervo permitem que a população conheça melhor suas origens e valorize a história da cidade.”
Antes de ser incorporado ao acervo, o exemplar passará por higienização preventiva e, em seguida, será encaminhado a empresas especializadas em restauro e conservação de papel. O processo inclui nova encadernação e digitalização integral, de modo a garantir acesso público sem comprometer a integridade física da obra.
O livro estava sob guarda do setor de Alvarás da Secretaria Municipal de Controle Urbano e Fiscalização. O atual secretário, Márcio Carraro, autorizou a transferência após solicitação do museu. “Entendemos que o lugar adequado para a preservação desse documento é o Museu de História, onde ele poderá ser cuidado e consultado pelas futuras gerações”, afirmou.






























