Do jornal Correio do Cidadão
O mundo do futebol ficou atônito na manhã desta última quarta-feira, 27. Diversos dirigentes esportivos, muitos deles que ocuparam altos cargos em federações e confederações, foram presos em Zurique, na Suíça, acusados de diversos crimes.
Um dos presos na ação policial na Suíça é o ex-presidente da CBF – Confederação Brasileira de Futebol e atual vice-presidente da entidade, José Maria Marin um dos principais dirigentes esportivos do país.
A investigação que resultou na prisão de Marin e outros oito dirigentes foi realizada pelo FBI, polícia estadunidense e a prisão foi realizada pela polícia suíça a pedido da justiça dos Estados Unidos.
A própria CBF é citada no relatório estadunidense. De acordo com o relatório “Duas gerações de dirigentes de futebol abusaram de suas posições de confiança para ganho pessoal, frequentemente através de aliança com executivos de marketing inescrupulosos que barraram competidores e mantiveram contratos lucrativos para si mesmos através do pagamento sistemático de propinas. Os dirigentes são acusados de conspiração para solicitar e receber mais de US$ 150 milhões (cerca de R$ 400 milhões) em subornos em troca do apoio oficial dos executivos de marketing que concordaram com pagamentos ilegais”.
O atual presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, se disse surpreso com a prisão de seu antecessor e atual vice e ainda afirmou que os contratos investigados pela operação são de gestões anteriores. Além disso, Del Nero afirmou que esse tipo de notícia é “péssimo para a entidade” e a CBF divulgou nota dizendo que apoia qualquer tipo de investigação.
Outras acusações estão envolvidas na investigação, que teve entrevista coletiva realizada por autoridades estadunidenses em Nova Yorque que resumiram o esquema: “Copa do Mundo da fraude”.