A chegada do período chuvoso, as arboviroses, como a dengue, a chikungunya e a zika, voltam a preocupar as autoridades públicas de Campo Mourão. Com 27 casos de dengue confirmados e dezenas de suspeitos registrados no período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho de 2022, agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde intensificam, neste sábado (5), o trabalho de campo nos bairros que têm risco considerado alto para uma epidemia dessas doenças.
Uma caminhada ecológica, com carro de som e panfletagem com abordagem aos moradores foi realizada nos jardins Alvorada, Santa Nilce e Bandeirantes. Segundo a coordenadora do trabalho de campo, Marinalva Ferreira da Luz, na próxima semana será realizada outra ação em parceria com o Sesc e também reativado o Comitê Gestor.
“A dengue não é um problema da prefeitura, é de todos. Se não tivermos a colaboração dos moradores todo esse trabalho não terá efeito”, observa Nalva.
Cerca de 70% dos focos do mosquito Aedes aegypti são encontrados no lixo reciclável descartado irregularmente nas vias públicas e dentro dos quintais das residências. “As pessoas precisam ter consciência sobre o local correto de colocar o lixo, que é uma coisa muito simples”, reforça a coordenadora, ao lembrar que a dengue também pode matar.
O trabalho de campo é realizado diariamente, com vistorias, orientações, notificações e bloqueios onde há casos confirmados e suspeitos, assim como pulverização. Também são realizadas palestras em escolas e empresas. “A Vigilância Sanitária já aplicou várias multas e continua notificando moradores que não tomaram providências”, acrescenta.