A Arábia Saudita anunciou, na quinta-feira (6), a suspensão de importações de carnes de aves e produtos derivados de 11 frigoríficos brasileiros. Entre eles a unidade da JBS de Campo Mourão.
De acordo com comunicado publicado no site oficial da Saudi Food & Drug Authority (SFDA), a agência governamental que regula alimentos e medicamentos no país, as restrições começarão a valer a partir do dia 23 deste mês. O motivo não foi informado.
Segundo o documento da SFDA, duas das unidades suspensas são da JBS Aves: a de Passo Fundo (RS) e a de Montenegro (RS). As outras 5 são da Seara: Brasília (DF), Campo Mourão (PR), Amparo (SP), Ipumirim (SC) e Caxias do Sul (RS).
A JBS disse, em nota, que procurou a autoridade sanitária saudita para entender a suspensão. “A produção antes destinada à Arábia Saudita já foi redirecionada para outros mercados”, falou a empresa.
O grupo Vibra Agroindustrial teve 3 unidades suspensas: Itapejara D’Oeste (PR); Pato Branco (PR) e Sete Lagoas (MG). A AgroAraçá, uma: Nova Araçá (RS).
Em nota publicada no site oficial, os ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disseram que receberam a notícia com surpresa.
“Não houve contato prévio das autoridades sauditas, tampouco apresentação de motivações ou justificativas que embasam as suspensões. A informação consta apenas em nova lista de plantas brasileiras autorizadas a exportar, publicada hoje pela Saudi Food and Drug Authority (SFDA), que exclui os referidos estabelecimentos previamente permitidos. Até o momento, apenas o Brasil foi objeto de atualização de lista de exportadores de carne de aves”, diz a nota.
A Arábia Saudita é o segundo maior comprador de carne de frango brasileira. No ano passado comprou mais de 467 mil toneladas adquiridas, perdendo apenas para a China, que comprou 672,7 mil toneladas em 2020. As plantas pertencem à Seara, JBS, Vibra Agroindustrial e Agroaraçá.
No comunicado o Brasil reitera os elevados padrões de qualidade e sanidade seguidos por toda nossa cadeia de produtos de origem animal, assegurados por rigorosas inspeções do serviço veterinário oficial. Há confiança de que todos os requisitos sanitários estabelecidos por mercados de destino são integralmente cumpridos.
Também informou que entrou em contato com autoridades sauditas pedindo explicações e caso se comprove uma barreira indevida ao comércio deve levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Da Redação com informações Estadão