A atleta mourãoese Alice Aleluia da Luz conquistou uma inédita medalha de bronze neste mês de novembro no 13º Campeonato Mundial de Sanda “Kung-Fu”, na Indonésia (World Wushu Championship) 2015. A competição teve a participação de atletas de 74 países, e Alice foi a primeira atleta, entre os naipes feminino e masculino a conquistar uma medalha paranaense nesta competição. Ao todo, foram oito atletas brasileiros na disputa, sendo três mulheres e cinco homens.
No ano passado, a atleta mourãoense esteve em Portugal, onde disputou o Campeonato Latino, se sagrando campeã na oportunidade e garantindo uma vaga para o mundial. Porém, antes da disputa na Europa, ela sofreu uma lesão, que foi recuperada com uma cirurgia, muito tratamento e força de vontade para que estes objetivos fossem atingidos. “Após nove meses de cirurgia, o sonho que eu tinha de ir para a disputa mundial foi realizado, e meio de muitos apoios, inclusive do Município de Campo Mourão, por meio da Fundação de Esportes (Fecam), pude representar da melhor forma, minha cidade, meu Estado do Paraná e o meu país”, destaca Alice.
A atleta, que competiu na categoria 52 kg feminino, onde estiveram atletas de 12 países, acabou sofrendo uma lesão na semifinal, o que acabou tirando a possibilidade do título, que poderia estar já praticamente encaminhado, haja vista o seu bom desempenho durante a disputa. “A motivação, mesmo assim, é grande, pois no próximo ano já estou garantida na Copa do Mundo, que será realizada na Polônia, no mês de novembro, onde estarão apenas as quatro melhores deste mundial recente, sendo portanto, um tira-teima da última disputa”, destaca Alice, que treina praticamente seis horas diárias, em busca de manter um nível técnico e uma estrutura física ideal.
O foco agora, de acordo com a atleta, é se recuperar da lesão sofrida no mundial e continuar com os treinamentos, da melhor forma possível, trabalhando e se empenhando para buscar futuros bons resultados, mantendo o foco principalmente na Copa do Mundo do próximo ano, e assim, buscando manter-se entre as melhores do mundo. “Fiquei feliz com o resultado, apesar da lesão, devido principalmente à ausência de estrutura para treinamento e até mesmo um incentivo maior para a modalidade, o que outros países, que estiveram na disputa na Indonésia, possuem. Logo, disputar de igual pra igual com estas nações para mim foi uma grande vitória”, finaliza a atleta.