As temperaturas mais baixas do ano foram registradas nesta terça-feira (17) no Paraná, antes do início do inverno, que começa apenas no dia 21 de junho. Os dados são do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
A causa da queda das temperaturas, que chegaram a 0,5ºC no Centro-Sul do Estado (General Carneiro), é uma massa de ar polar que atua sobre o Paraná. De acordo com os registros do Simepar, mais de 90% das cidades paranaenses registraram as menores temperaturas do ano. Alguns exemplos foram Telêmaco Borba (1,6ºC), Palmas e Ponta Grossa (1,8ºC), Campo Mourão (1,9°C), Jaguariaíva (2,2ºC), Cerro Azul (2,7°C) e Fazenda Rio Grande (3,1°C).
Até então, as temperaturas mínimas tinham sido registradas nos dias 15 e 16 de abril. Em Telêmaco Borba foi de 6,6ºC; em Palmas, de 3,8ºC, em Campo Mourão, 8,5ºC, em Jaguariaíva, 6,1ºC; e em Fazenda Rio Grande, 7ºC. Em Cerro Azul e Ponta Grossa as mínimas registradas durante o ano foram de 8,2ºC e 7,4ºC em 07/05 e 12/05.
A previsão indica que a sensação de frio intenso permanece para os próximos dias, ganhando mais intensidade nesta quarta-feira (18). “Venta bastante no Paraná durante o dia, aumentando a sensação de frio. A previsão não indica que o período da tarde desta terça-feira pode esquentar”, destaca o meteorologista do Simepar, Samuel Braun.
De acordo com ele, não foram identificados fenômenos de geada no Estado nesta terça. “Por conta da ação dos ventos, dificilmente ocorre formação de gelo em áreas mais abrangentes, apenas bem pontuais”, afirmou. Outra característica comum da massa de ar polar é a sensação térmica mais baixa do que os registros indicados nos termômetros.
Também não foi registrada neve nesta terça. Ela pode ser confundida com a chuva congelada. “Chuva congelada envolve minúsculos cristais de gelo, que ao tocar o chão, tem a característica de quicar, diferente da neve que se deposita no chão ao cair”, destacou o meteorologista Reinaldo Kneib, também do Simepar. O instituto segue monitorando a possibilidade de ocorrência de neve no Paraná, mas até o momento não identificou essa possibilidade.
Ciclone
O Simepar também monitora o fenômeno registrado no Rio Grande do Sul, uma tempestade que resultou em ventos de 110 km/h. Segundo o meteorologista Lizandro Jacóbsen, ele atua mais afastado do litoral, mas as projeções indicam que os ventos fortes atingem também Santa Cataria. “Aqui no Paraná o impacto previsto é de sensação de ventos mais constantes, um frio mais rigoroso”, disse. “A previsão é de que as rajadas de vento não passem de 60 km/h, com mais concentração na região Sul, na divisa com Santa Catarina”.
Com AEN