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Campo Mourão

Censo 2022: Paraná tem 30.460 indígenas; 333 vivem na Comcam

Campo Mourão lidera o ranking de indígenas, são 150 segundo o ibge.

Censo 2022: Paraná tem 30.460 indígenas; 333 vivem na Comcam. Foto AEN

Região da Comcam

Os municípios da Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam) tem 333 indígenas autodeclarados, de acordo os dados do Censo 2022 divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 0,09% da população total da região que é de 341.931 habitantes. 

Campo Mourão lidera o ranking de indígenas, são 150 segundo o IBGE, em uma população de 99.432 habitantes o número representa 0,15% dos seus moradores, em seguida na lista vem Ubiratã e Goioerê. Somente Boa Esperança não registra população indígena.

Confira a lista em ordem decrescente:

Campo Mourão: 150; Ubiratã: 38; Goioerê: 35; Peabiru: 19; Araruna: 15; Barbosa Ferraz: 13; Mamborê: 10; Corumbataí do Sul: 8; Engenheiro Beltrão: 8; Campina da Lagoa: 5; Juranda: 5; Luiziana: 4; Moreira Sales: 4; Nova Cantu: 4; Quinta do Sol: 3; Terra Boa: 3; Janiópolis: 2; Altamira do Paraná: 1; Farol: 1; Fênix: 1; Iretama: 1; Quarto Centenário: 1; Rancho Alegre d’ Oeste: 1; Roncador: 1 e Boa Esperança: 0.

Paraná

O Paraná tem 30.460 indígenas autodeclarados, em comparação com os dados do Censo anterior, de 2010, o Estado registrou um aumento de 14% na população indígena, que era de 26.559. O número representa 0,27% da população total do Paraná, que é de 11.443.208 habitantes. Em 2010, a participação da comunidade indígena na população total do Estado era um pouco menor, em 0,25%.

Dos 399 municípios paranaenses, 178 apresentaram aumento das suas populações indígenas, segundo o Censo de 2022. São 345 cidades com registro de ao menos um indígena autodeclarado – 86% do total.

O Paraná tem a 14º maior população indígena do País e a segunda maior a região Sul, atrás de Rio Grande do Sul, com 36.096 pessoas (evolução de 6,1% em relação aos 34.001 de 2010), e à frente de Santa Catarina, que tem 21.541 indígenas (aumento de 18,2% em relação aos 18.213 de 2010).

Amazonas lidera o ranking, com mais de 490 mil indígenas, seguido pela Bahia, com mais de 229 mil, e Mato Grosso do Sul, com mais de 116 mil pessoas. No Brasil, a população que se autodeclara dessa forma chegou a 1.693.535 pessoas, o que representava 0,83% da população total.

De acordo com o levantamento, 13.887 dos indígenas moram em terras de demarcação no Paraná, com destaques para a Rio das Cobras, na região Centro-Sul do Estado, a maior terra indígena paranaense e a 50ª maior do País, segundo o Censo, com 3.102 pessoas. A segunda maior é a Terra de Mangueirinha, no Sudoeste, com 1.994. Na sequência estão Ivaí, com 1.886 indígenas, Apucarana, com 1.636 pessoas, e Palmas, com 725.

Os outros 16.573 indígenas do Estado moram fora das regiões demarcadas. Em comparação com os dados gerais do País, o Paraná está acima da média nacional, com 45,59% da população desta etnia morando em terras indígenas. No Brasil, a proporção é de 36%. Nas terras demarcadas, ainda existem 374 moradores não indígenas. Isso quer dizer que mais de 97% dos ocupantes das terras demarcadas são indígenas, o que representa o 7º maior índice do Brasil.

Censo indígena

A população indígena do País chegou a 1.693.535 pessoas em 2022. Um pouco mais da metade (51,2%) estava concentrada na Amazônia Legal. Em 2010, quando foi realizado o Censo anterior, foram contados 896.917 indígenas no Brasil.

A maior parte dos indígenas (44,48%) está concentrada no Norte. São 753.357 indígenas vivendo na região. Em seguida, com o segundo maior número, está o Nordeste, com 528,8 mil, concentrando 31,22%. Juntas, as duas regiões respondem por 75,71% desse total. As demais têm a seguinte distribuição: Centro-Oeste (11,80% ou 199.912 pessoas indígenas), Sudeste (7,28% ou 123.369) e Sul (5,20% ou 88.097).

Dos 5.568 municípios brasileiros, acrescidos do Distrito Federal e de Fernando de Noronha, 4.832 tinham, em 2022, pelo menos um residente indígena, o que representa 86,7% do total. Dentre eles, 79 municípios tinham mais de cinco mil habitantes declarados indígenas, um aumento na comparação com 2010, quando eram 42 municípios com, no mínimo, esse quantitativo.

A terra indígena com maior número de habitantes indígenas é a Yanomami (AM/RR): 27.152, ou 4,36% do total de indígenas em terras indígenas. Raposa Serra do Sol (RR) vem a seguir, com 26.176 indígenas e a Terra Indígena Évare I (AM), com 20.177, aparece em terceiro lugar no ranking.

No Censo Demográfico anterior, o quesito de cor ou raça foi aplicado a todas as pessoas recenseadas. Quando elas eram residentes das Terras Indígenas oficialmente delimitadas e se declaravam como brancas, pretas, pardas ou amarelas, ou seja, não respondiam que eram indígenas nesse quesito, havia a abertura da pergunta “você se considera indígena?”. Em 2022, houve a extensão dessa pergunta de cobertura para outras localidades indígenas, que incluem, além dos territórios oficialmente delimitados pela Funai, os agrupamentos indígenas identificados pelo IBGE e as outras localidades indígenas, que são ocupações domiciliares dispersas em áreas urbanas ou rurais com presença comprovada ou potencial de pessoas indígenas.

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