O uso da mídia para legitimação de alguns grupos no poder não é novidade. Para corroborar com nossa afirmação, podemos voltar para a segunda guerra mundial. Alguém já parou para pensar porque o nazismo e o fascismo tiveram grande apoio popular? Porque o golpe militar em seu principio teve apoio da classe média? Porque hoje alguns insistem em repetir que a ditadura é a melhor forma de governo?
Para compreender um pouco disso, vamos voltar para a Alemanha nazista. Não vou entrar em detalhes sobre o que é o nazismo, mas sim do porque ele foi amplamente aceito, e defendido.
No jogo para legitimar o poder nazista e ganhar apoio popular, Adolf Hitler escolheu para ministro da propaganda um homem chamado Joseph Gobbels. Esse senhor era diretor de um pequeno jornal, o “Der Angriff”, que já era conhecido por publicar informações distorcidas. Ele procurava sempre legitimar a ideia nazista entre a população.
Assim que assumiu o posto, Gobbels iniciou uma grande campanha de persuasão, invocando, sobretudo o espírito patriota dos alemães, fazendo-os acreditar que os males que o país enfrentava era causada por inimigos em comum (judeus, comunistas, imigrantes…). Para isso o ministro perseguiu os que se opunha ao regime, censurou jornais, impediu inúmeras peças teatrais, torturou e matou….
Essas propagandas atingiram o povo de tal jeito, que de acordo com Willien Reich, na obra “Psicologia das Massas no Fascismo”, criou indivíduos submissos perante a vida, seres que se adaptavam a ordem autoritária. Pessoas que aderiram ao fascismo mesmo quando este não se propunha a ajuda-los.
Como já discuti em outros textos, não é segredo (por uma série de fatores) que o sistema de pensamento de parte da classe média, é pautado no fascismo. Grande parte das pessoas em nossa volta defendem ideias fascistas mesmo sem se perceber como tal. Essa afirmação pode ser percebida em várias ações que nosso congresso toma e que tem respaldo de parte da população, por incrível que pareça grande parte dessas pessoas se autodenomina “cidadão de bem” (nazifascistas também se percebiam assim).
Tais práticas, que Joseph Gobbels usou para conseguir o que queria, podem ser percebidas nos dias de hoje, sobretudo em jornais do interior, que para sobreviver tem que vender a alma para o diabo. Jornais que vendem espaços publicitários para o governo, que geralmente é controlado por pessoas diretamente, ou indiretamente envolvido com o grupo que está no poder, ou que quer ocupar o trono logo.
Para isso eles não têm escrúpulos de fazer exatamente o que Gobbels faria. Criar um inimigo em comum, distorcer as notícias, mentir. Esses jornais prestam um desserviço para a população, procuram tirar o senso crítico de quem lê, procura tornar os cidadãos submissos, tenta fazer com que o povo passe a defender seus próprios opressores, encrustam a ideia que a luta é desnecessária, que defender seus próprios interesses é errado.
Semana passada isso ficou ainda mais evidente ao vermos alguns jornais mentindo sobre o aumento que o governo Beto Richa ofereceu aos professores. Alguns foram tão covardes na tentativa de enganar, que colocaram links mostrando o salário dos docentes, mas em momento algum falaram que o próprio portal tem informações destorcidas, que, portanto não condiz com a realidade.
Esses mesmos periódicos omitem e não informam os ganhos dos políticos que os sustenta. Pois é meu preclaros…ainda bem que a maioria está abrindo os olhos e descobrindo quem é quem ao final do dia.
Que todos e todas tenham uma ótima semana.
Luiz Carlos Flávio
2 de junho de 2015 às 1:34
AO VELÓRIO DE BETO HITLER
Eu grito fora Beto Richa
não por mera rixa de criança mimada
que briga por nada.
Eu grito fora Beto Richa
por que, de fato,
a vergonha me atiça
a lutar contra um estado apropriado
por seguidores de Hitler…
Quem diria que um dia eu precisaria
gritar fora a um “imperador”
do famoso estado do Paraná,
por ser ele tão sarcástico, despudorado,
e que, fingindo ser um governador,
age de fato, como um lunático
que ataca o povo governado?…
Um governador que, jogando bombas,
tenta matar e roubar a aposentadoria
dos servidores públicos que,
por tanto anos e dias
se doaram a este estado
por ele lançado em vergonhoso luto…
Quem diria que os eleitores deste estado
ficariam algum dia tão desonrados
por acreditarem que teriam um bom administrador,
o qual é agora revelado mentiroso,
inescrupuloso, despudorado,
um traidor inveterado que criou,
no âmbito do estado,
todo um clima de horror
aos habitantes por ele enganados?…
Quem diria que um governador,
eleito nas urnas com votos de louvor,
mostrar-se-ia um verdadeiro Beto Hitler
que quer imputar aos servidores
o peso de serem culpados
por obra da qual ele próprio (governador)
foi o verdadeiro autor:
a façanha de ter, desavergonhadamente,
quebrado os cofres do estado
e tentar culpabilizar
os servidores por este fado
de que eles não são culpados?…
Antes, porém,
de isso ao servidor ser imputado
gritarei com todas minhas forças
aos habitantes deste estado:
vamos enterrar o verdadeiro culpado
por enterrar o nosso estado!
Antes que os servidores
sejam mais uma vez
injustamente surrados,
crucifiquemos o autor
da quebradeira despudorada
dos cofres do estado.
Que o governador Beto Hitler,
por seu desgoverno inglório,
seja, sem engodo,
velado em velório sacramentado
para ser, por todos, para sempre,
definitivamente sepultado…
(Luiz Carlos Flávio)