O jornalista Issachraroff do “The Times of Israel” passou por um apuro em 2008 que certamente jamais se esquecerá. Já era noite quando um grupo de aproximadamente 100 israelenses se aproximou de sua casa e atearam fogo. Já não bastasse essa situação horripilante, ainda ficaram do lado de fora da casa armados com pedras para evitar que seus moradores saíssem de dentro da residência. Sim, a intenção dos judeus era queima-lo vivo em sua própria casa. Isso por Issachraroff denunciar os crimes que os colonos estavam praticando contra os palestinos, com a real intenção de expulsa-los daquele lugar.
Situação semelhante ocorreu semana passada, dessa vez o morto foi uma criança com apenas um ano de vida. A cena de barbárie praticada e patrocinada por judeus fanáticos foi lamentada pelo próprio presidente de Israel Rauven Rivlin, fato que fez com que ele recebe ameaças de seus conterrâneos.
Nos últimos dias mais um fato preocupante, um judeu ultra ortodoxo resolve esfaquear pessoas que estavam desfilando na parada do orgulho gay em Israel deixando ao menos seis feridos.
Fatos como esses, sem entrar no contexto histórico, nos leva a perceber que a tão sonhada paz naquela região ainda é algo distante. A prepotência de parte da população em se achar um povo escolhido por Deus os leva a cometer terríveis atrocidades. Seria como se tivessem um atestado divino que os liberassem para cometer crimes contra a humanidade, para humilhar, matar e confinar todo um povo a sua própria sorte.
Um estado que se diz democrático não precisaria invadir terras que não lhe pertencem, não precisaria incendiar casas alheias.
Que o mundo abra os olhos para o teor bélico das ameaças israelenses, para a covardia que acontece naquela região. Os colonos estão se armando, se alinhando com a direita, trazendo adoradores de sangue e bombas para o lado deles.
As políticas econômicas/sociais e políticas da direita israelense, que insiste em colocar o lado econômico acima do fator humano, que prega o lucro a todo custo, que usa para justificar seu posicionamento dogmas religiosos escolhidos a dedo, tem se mostrado uma ameaça não só a paz, mas uma ameaça real a dignidade humana.
A intransigência de Israel tem que ser divulgada pelo mundo. O 1,7 milhão de pessoas que vivem aprisionadas em Gaza merecem ter seus gritos ecoados pelo globo terrestre. Que eles saibam que não estão sozinhos.