A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou nota na terça-feira (16) em que diz ser “necessária, urgente e inevitável” a troca do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Segundo o texto, Pazuello não tem condições de conduzir a superação da pandemia e deve ser substituído “para o bem dos brasileiros”.
O documento é assinado pelo presidente da CNM, Glademir Aroldi, e diz que a entidade tem recebido relatos de prefeitos indicando a suspensão da vacinação contra a Covid-19 para grupos prioritários, motivada pela falta de doses e de previsão de reabastecimento dos estoques.
No texto, a CNM também afirma que tem tentado dialogar com a atual gestão do Ministério da Saúde – entre pedidos de agendas e de informação –. A pasta, diz a entidade, tem “reiteradamente” ignorado os prefeitos do Brasil.
“Por considerar que a vacinação é o único caminho para superar a crise sanitária e possibilitar a retomada do desenvolvimento econômico e social e por não acreditar que a atual gestão reúna as condições para conduzir este processo, o movimento municipalista entende necessária, urgente e inevitável a troca de comando da pasta para o bem dos brasileiros”, diz o documento divulgado.
Sem planejamento
A CNM – que reúne 5.200 dos 5.565 municípios do país, incluindo 19 capitais – afirma que o comando do Ministério da Saúde “não acreditou na vacinação como saída para a crise e não realizou o planejamento necessário” para a compra de vacinas. Para a entidade, Pazuello adotou “postura passiva”.
“Todas as iniciativas adotadas até aqui foram realizadas apenas como reação à pressão política e social, sem qualquer cronograma de distribuição para estados e municípios”, afirma a confederação.
Pazuello investigado
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou na segunda-feira (15) que a Polícia Federal realize diligências no inquérito que investiga suposta omissão de Pazuello na crise sanitária no Amazonas.
Entre os pedidos feitos pela PGR e autorizados pelo ministro, estão a requisição dos e-mails institucionais trocados entre o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Amazonas, além de depoimentos de representantes da empresa White Martins, responsável pelo fornecimento de cilindros de oxigênio para o estado.
Em janeiro, o Ministério da Saúde foi informado uma semana antes do oxigênio acabar em Manaus, mas tomou medidas de pouco alcance frente ao tamanho da crise.
Com G1