Em meio a discussão sobre crise e cortes em investimentos estratégicos, como em educação, uma matéria publicada pelo jornal Gazeta do Povo chama a atenção.
Em 2015, magistrados do Poder Judiciário estadual e membros do Ministério Público do Paraná receberam, em média, cerca de 20% a mais do que o estabelecido por lei, através do teto constitucional.
A constatação leva em conta os valores brutos, ou seja, o auxílio moraria está incluso.
Para se ter uma ideia, o teto anual é de R$ 411, 3 mil reais. No entanto, em média, cada magistrado do Paraná recebeu cerca de 527,5 mil e cada membro do MP recebeu o valor de R$ 507 mil. Ainda de acordo com a reportagem, mais de um terço do valor, em ambos os casos, refere-se a auxílios e indenizações.
Em 2015, os servidores públicos estaduais levaram a cabo uma grande greve para ter reposto em seu salário, ao menos a inflação do período. Ao ver os supersalários dos magistrados e dos membros do Ministério Público, o que pensam estes servidores?
Veja o que diz o atual secretário de educação de São Paulo e ex-presidente do Tribunal de Justiça daquele estado, José Roberto Nalini, sobre o auxílio moradia e a remuneração de um juiz e tire suas conclusões:
“Esse auxílio moradia na verdade ele disfarça um aumento do subsídio que está defasado a muito tempo”.
