As crianças do Paraná estão mais desprotegidas. Em 2019, conforme a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nenhuma das oito vacinas obrigatórias para aqueles com menos de dois anos de idade atingiu a meta de imunização, que fica entre 90 e 95%. No Estado, a média de cobertura vacinal ficou em 85%.
A única vacina que alcançou mais de 90% de adesão no Estado foi a meningococo C, que protege contra meningite e chegou a 91% da cobertura vacinal. Por outro lado, as vacinas pentavalente (aplicada em três doses, que protegem contra hepatite B e coqueluche) e a contra a febre amarela (duas doses) registraram os piores índices, com coberturas de 78% e 81%. Já a vacina contra a BCG que chegou a ficar em falta no mercado em 2018, chegou a 88% de cobertura no ano passado.
A preocupação, por outro lado, não é exclusividade paranaense. Dados do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, mostram que quase metade das crianças brasileiras não recebeu todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Imunização em 2020. Até segunda-feira, a cobertura vacinal estava em 51,6% para as imunizações infantis.
Nesta quarta-feira (9), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) encaminhou um manifesto ao Ministério da Saúde, no qual pede que sejam tomadas providências urgentes para estimular a adesão às campanhas de vacinação e facilitar o acesso da população a esse serviço. O pedido dos pediatras ocorre após a revelação de que o país não atingiu a meta para nenhuma das principais vacinas infantis, conforme dados do Programa Nacional de Imunizações.
Com Bem Paraná