O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado na última sexta-feira (6) pelo IBGE, subiu 1,71% em outubro, maior alta do ano, e ficou 0,27 ponto percentual acima da taxa de setembro (1,44%). De janeiro a outubro, o índice acumula aumento de 6,13% e nos últimos 12 meses a alta chega a 6,48%.
A elevação dos custos foi influenciada pela parcela de materiais, que cresceu 3,17% com aumento generalizado em diversos produtos, acelerando as altas já registradas em julho (0,48%), agosto (1,60%) e setembro (2,55%).
“Materiais teve bastante influência na taxa mensal de 1,71%. Em outubro, dos cinco produtos com maiores altas, três eram do grupo de vergalhões – arames e barras de aço – os outros foram bloco/telhas cerâmicas. Esses dois grupos registraram variações médias nacionais respectivamente de 9,06% e 7,62%. Cimento e esquadrias metálicas também apresentam variações acumuladas expressivas, com médias nacionais de 21,65% e 21,89% respectivamente”, informa o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira.
Já a parcela de mão de obra tem se mantido estável e registrou taxa de 0,04%, apresentando desaceleração de 0,16 p.p. em relação ao mês anterior (0,20%) e 0,07 p.p. se comparado a taxa de outubro de 2019 (0,11%).
“Na mão de obra, houve um acumulado de janeiro a outubro de 1,89%, e em 12 meses, 2,81%. As taxas mensais da mão de obra estão próximas da estabilidade, variações mais altas são registradas quando há homologação de acordos coletivos nos estados”, analisa Oliveira.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em setembro fechou em R$ 1.209,02, passou em outubro para R$ 1.229,72, sendo R$ 666,03 relativos aos materiais e R$ 644,38 à mão de obra.
A região Nordeste, com alta significativa na parcela dos materiais em todos os estados, e destaque para Sergipe (3,24%), Bahia (2,93%), Pernambuco (2,91%) e Alagoas (2,35%), ficou com a maior variação regional em outubro, 2,07%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,86% (Norte), 1,52% (Sudeste), 1,77% (Sul) e 1,17% (Centro-Oeste).
Com alta observada na parcela dos materiais, Sergipe, com 3,24%, pela segunda vez consecutiva, foi o estado que apresentou a maior variação mensal.
Com IBGE