Hoje saiu na Boca Santa. O Presidente da Santa Casa, Dr. Elmo Linhares (foto, ao lado do Presidente da Associação Comercial, Nestor Bizi) afirmou que a Santa Casa de Campo Mourão dá prejuízo de R$ 70 mil por mês. Classificou esse prejuizo pelo fato de “80% da clientela” serem do SUS e ainda disse que esse número é “desconfortável”. Essa fala de deu em um evento da Associação Comercial. Ai o leitor já perguntaria: Um anúncio sobre saúde, de um hospital público, ser feito na Associação Comercial? Estranho não é?
Bom, mas se fosse só isso não tem problema. Agora a direção da Santa Casa quer ampliar a ala particular da instituição (pois já existe uma parte de atendimentos particulares). O interessante disso tudo é que o hospital foi totalmente construído com dinheiro público e da comunidade (inclusive a UMES doou tijolos que seriam usados para construção de sua sede para a Santa Casa), e agora que tudo esta pronto querem fazer ala particular. Isso é uma vergonha. Para construir e equipar o prédio não apareceu nenhum “investidor” mas agora que está pronto é “necessário”. O Hospital Santa Casa tem que ser público e de atendimento ao SUS. As lideranças da região ao invés de ficar querendo colocar ala particular deveriam estar garantindo os recursos necessários para o funcionamento do mesmo.
E para quem não conhece Campo Mourão, existe um outro hospital particular na cidade que recebe verba pública para atender o SUS. Não seria o caso de transferir toda a receita do SUS que vem para Campo Mourão para o Hospital público da cidade, a Santa Casa?
Bom, fica os questionamentos que não querem calar.
Informações e foto – Bocasanta.com.br
Leda
3 de setembro de 2009 às 19:49
Excelente materia é isso mesmo o que acontece,foi construida com dinheiro publico e com ajuda do povo e lideranças para tornar-se um hospital publico e de qualidade,agora que esta pronto ja "tomaram" uma ala e querem mais para saude privada. O problema nao é de gestao e sim ideológico.A Santa Casa nao foi idealizada e construida para dar "lucros", a vida das pessoas nao é mercadoria.
Paulo Bocatto
4 de setembro de 2009 às 12:10
Esse é o típico comentário de quem nunca teve um pai ou uma mãe internado e estado grave num hospital público.
Perdi meu pai a pouco tempo e falo com propriedade sobre isso,vocês não sabem o que é ouvir que seu pai não pode ser atendido com eficiência simplesmente porque o governo não garante o medicamento devido,que os melhores aparelhos estão em hospitais particulares.
Uma vida é mais importante que qualquer coisa,já que os governos Requião e Lula não dão a mínima para a questão da saúde pública,os hospitais tem que procurar meios de se manterem dignamente.
Senhor Raoni,com todo respeito,mas no dia que seu pai ou sua mãe (tomara que nunca aconteça) precisar de atendimento urgente num hospital público,vc vai rever seus conceitos e vai entender que esse posicionamento só daria certo se tivessemos governos sérios e comprometidos,o que não é o caso dos atuais.
abraço
Raoni de Assis Marques
4 de setembro de 2009 às 12:31
Oi paulo, obrigado por sempre estar por aqui e fique sempre a vontade para deixar sua opiniões, certo. Eu já tive problemas com minha mãe sim e nesse sentido ja sofri com isso. Só queria dizer isso porque o mais vc tem direito a dizer o que pensa e esse espaço é livre para isso. Abraço e continue por aqui!