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Desligamento por mortes de profissionais da educação do Paraná cresce 250% em 2021

Levantamento do Dieese revela que os desligamentos por morte na educação cresceram nos quatro primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2020.

Desligamento por mortes de profissionais da educação do Paraná cresce 250% em 2021. Foto: SEED

Umas das principais estratégias de combate à pandemia foi a adoção da suspensão das aulas presenciais em todo país. No entanto, diversos municípios e estados, contrariando os protocolos de saúde e as recomendações dos especialistas, decidiram permitir o retorno das aulas, como é o caso do Paraná em 2021. 

Agora, um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que essa estratégia coloca em risco, principalmente, a vida dos profissionais da educação. Levantamento revela que os desligamentos por morte na educação cresceram nos quatro primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2020, quando o país ainda não sofria com a pandemia.

Segundo o Dieese, ocorreram 1.479 desligamentos por morte entre janeiro e abril de 2021.  O aumento no número de desligamentos por morte entre os trabalhadores da educação foi mais acentuado nos três estados com as maiores taxas de mortalidade por covid-19: Rondônia, Amazonas e Mato Grosso. Manaus, por exemplo, foi uma das capitais que manteve as aulas presenciais durante o surto de Covid-19.

“Nos primeiros quatro meses de 2021, a quantidade de desligamentos de trabalhadores por morte no Brasil aumentou 89%, saindo de 18.580 para 35.125. Na educação, esse número mais do que dobrou. O setor foi o quarto com o maior registro de contratos formais extintos devido ao falecimento de trabalhadores”, esclarece o Boletim. 

Em 2020, foram registradas 650 mortes. Já em igual período de 2021 subiu para os 1.479 desligamentos.

Um dado chama atenção do levantamento: as mortes entre profissionais da educação ocorreram mais no ensino médio, onde as aulas presenciais voltaram mais rápido no país. No Paraná, por exemplo, o ensino superior segue em sistema remoto. Já a educação infantil em cidades como Curitiba, no sistema público municipal, ainda não retornou para a modalidade presencial.

“Entre os profissionais da educação, os professores com ensino superior, que dão aulas no ensino médio, tiveram o maior aumento no número de desligamentos por morte. No início de 2021, essa quantidade mais que triplicou em relação a 2020. O número de contratos extintos por morte entre professores de nível médio que atuam na educação infantil e fundamental também teve grande aumento: 238% nos quatro primeiros meses de 2021”, aponta o Dieese.

Esses números mostram que os profissionais da educação foram expostos à contaminação por decisões políticas de prefeitos e governadores. Reflexão que é feita pelo deputado estadual, Professor Lemos: “Estamos perdendo muitos professores e funcionários, que estão indo para o cemitério, por conta desta política que está sendo feita no Paraná na educação. Hoje, professores, funcionários de escolas e estudantes estão em movimento, denunciando que a retomada das aulas e atividades presenciais nas escolas tem levado à morte muitos professores e muitos funcionários de escolas. O Paraná é o Estado com maior número de mortes de educadores do Brasil!”, compara.

A taxa de desligamento por morte no Paraná entre os profissionais da educação cresceu 250% entre 2020 e 2021. Entre janeiro e abril de 2020 foram contabilizados 28 desligamentos. No mesmo período deste ano, a quantidade de registros saltou para 98 casos. O estudo, no entanto, não detalha a causa morte das vítimas.

 

Com Porém.Net

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