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Diários do Niva

Diários do Niva (8). Missão Jesuítica de São João Batista.

“Sem as pedras, se chover não dá para passar”

Depois de sairmos de Santo Ângelo seguimos viagem até a Missão Jesuítica de São João Batista, no município de Entre-Ijuís aqui nessa terra do Rio Grande. Para chegar até o sítio arqueológico é preciso passar por uma estrada de terra, que o Niva adorou. A estrada é bem conservada.

Bom chegamos ao primeiro sítio arqueológico dos sete povos das missões que é tombado como patrimônio histórico nacional pelo IPHAN desde 1970. A redução de São João Batista foi criada em  1697 pelo Padre Antônio Sepp e é a segunda mais nova.  Foi criada pois a “capital”, redução de São Miguel, estava crescendo muito rápido. Foi nessa Missão que foi desenvolvida a siderurgia, importante para o desenvolvimento desses povos, pois até então qualquer ferramenta tinha que ser importada de centros maiores.

O local é muito agradável e tem muito a se ver. Existem poucas informações sobre esse sítio, e a impresão que tivemos é que ele ainda é muito mal explorado, podendo ser feitas ainda muito mais descobertas através de novas escavações, mas a verba do IPHAN não deve dar para isso. Aliás só o fato de estar bem cuidadinho como está já é uma vitória.

A foto acima é do espaço da Igreja onde ficava o povoado. A igreja era o centro desses povos das missões. O espaço é enorme e ainda há bastante ruínas no local. Ao lado da Igreja fica um cemitério, que era utilizado pelos índios e que depois foi usado pelos habitantes da região e ainda hoje é realizado sepultamentos.

Outra coisa importante é que além da falta de informação sobre esse sítio, a imagem que utilizada para a promoção não é da época das missões, e sim feito muito depois. A imagem é essa que está abaixo.

O local é bastante agradável e é possível ver diversos vestígios arqueológicos. Ainda há alguns anos atrás haviam moradores na área, mas agora o espaço do sítio esta cercado e é bastante grande. Essa redução chegou a ter 5.472 habitantes segundo informações do local. É um ambiente muito agradével e deve ser visitado em todos os seus espaços.

No final, você ainda encontra uma vendinha muito antiga e simpática, onde é possível matar a sede. Importante se o leitor vier visitar a região no verão.

Assim nos despedimos do sítio de São João Batista, o segundo dos povos das missões que visitamos e partimos para o terceiro, a “capital” São Miguel Arcanjo. Mais 24 kms de estrada entre São João Batista e São Miguel Arcanjo, a maior parte de estrada de chão.

É isso por hoje. Estamos nesse momento em São Miguel Arcanjo e amanhã falaremos daqui.

Raoni, Raisa e Rovilson – Os três novos jesuítas. Ou indíos?

3 Comentários

3 Comments

  1. Leandro

    29 de dezembro de 2010 às 18:28

    Olá Raoni. Queria saber se é cobrada entrada para as ruínas de São João Batista. Espero resposta e acompanho a viagem de vcs!

  2. Raoni

    30 de dezembro de 2010 às 7:00

    Olá Leandro, fico feliz por estar nos acompanhando.
    Então, em São João Batista não é cobrada entrada, a visita é livre e bem interessante. Até o momento a única que foi cobrada entrada foi em São Miguel das Missões.
    Qualquer dúvida é só falar, abraços.

  3. Laura Becker Diniz

    15 de maio de 2011 às 20:39

    Sou estudante e queria saber se existe alguma igreja historica como existe na minha cidade de Santo Angelo.
    Desde ja obrigada

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