Após o General Leônidas Pires Gonçalves ter confirmado pela primeira vez que houve suborno a um membro do Cômite Central do PCdoB para que ele delatasse seus companheiros (já que a versão oficial nunca foi essa), o próprio partido informou hoje o nome do delator.
Trata-se de Manoel Jover Telles, ou Rui. Segundo o General, o delator foi preso em meados de 1976 e se vendeu a ditadura, informando quando haveria reunião do PCdoB. Já era público que o regime prometeu também emprego a Telles e à sua filha na fábrica de armas Amadeo Rossi, no Rio Grande do Sul.
Aliás, essa já era uma história bastante conhecida pela historiografia sobre a epóca. O próprio PCdoB já tinha feito uma investigação que tinha apontado Jover Telles com o responsável pelas informações. A diferença é que é a primeira vez que um militar confirma essa história.
A reunião do CC do PCdoB ocorreu de 11 a 15 de dezembro de 1976, numa casa situada na Rua Pio XI, 767, no bairro paulistano da Lapa. Ao final do encontro, o DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna) entrou em ação.
Já na madrugada para a manhã de 16 de dezembro, uma quinta-feira, o regime assassinou dois dirigentes comunistas que permaneciam na casa (segundo General eles atiraram primeiro) — Ângelo Arroyo e Pedro Pomar. Contra Pomar, desarmado, foram disparados cerca de 50 tiros certeiros (foto histórica daquilo que se tornou conhecido como Chacina da Lapa). João Baptista Drummond morreu horas depois, depois de ser preso e violentado pelo regime. Outros quatro dirigentes — Aldo Arantes, Elza Monnerat, Haroldo Lima e Wladimir Pomar — também foram levados à prisão e à tortura.
Está aberto ao debate e opinião de todos.
Anonymous
7 de abril de 2010 às 11:06
muito bem Raoni. Boa matéria
Anonymous
7 de abril de 2010 às 11:06
muito bem Raoni. Boa matéria
Silvio Jardim
7 de abril de 2010 às 16:41
Que gente de carater esse pessoal da esquerda… vendeu os "companheiros" por duas vagas de emprego. Pena que a Dilma não tava lá para levar 50 tiros também…
Curiosidade: Manoel Jover Telles está vivo? Ele recebe Bolsa Ditadura?
Silvio Jardim
7 de abril de 2010 às 16:41
Que gente de carater esse pessoal da esquerda… vendeu os "companheiros" por duas vagas de emprego. Pena que a Dilma não tava lá para levar 50 tiros também…
Curiosidade: Manoel Jover Telles está vivo? Ele recebe Bolsa Ditadura?
Fernando
7 de abril de 2010 às 23:51
que gente de caráter esse pessoal de direita. Pegar dinheiro público pagar por informações que levaram a morte de pessoas. Uma vergonha também fazer lobing para conseguir uma informação como essa. E 50 tiros hein? Será que foi uma execução?
Fernando
7 de abril de 2010 às 23:51
que gente de caráter esse pessoal de direita. Pegar dinheiro público pagar por informações que levaram a morte de pessoas. Uma vergonha também fazer lobing para conseguir uma informação como essa. E 50 tiros hein? Será que foi uma execução?
Roberto
7 de abril de 2010 às 23:54
eu tava vendo o comentário de Sílvio Jardim. Como pode? fico realmente abismado. Em relação ao texto acredito ser de bom qualidade. Parabéns pelas considerações.
Roberto
7 de abril de 2010 às 23:54
eu tava vendo o comentário de Sílvio Jardim. Como pode? fico realmente abismado. Em relação ao texto acredito ser de bom qualidade. Parabéns pelas considerações.
alda antunes
8 de abril de 2010 às 11:00
Não sei o que é pior se é esse tal Manoel Jover Telles, ser dedo duro. Ou se era a politica de estado da época, que comprava informações para matar.
Hoje tem muitos políticos e empresários importantes que subiram na vida sendo delatores de seus companheiros.
Não bastava chegar lá nessa reunião e prender? Matar com 50 tiros é mais legal né General?
Mas tb prender iria dar na mesma, pq a politica de estado naquele momento era a tortura e ocultação de cadaver.
Não consigo acreditar que tem pessoas que defendem qd esse General fala com orgulho que matavam.
Sou contra qualquer abuso contra a vida de qualquer ser humano, sendo ele de qualquer posição politica, mesmo esse tal General, não acho que deveria morrer.
Só sinto muito que a Lei de Anistia tenha perdoado ele, pois agora ele diz que mandou matar e nem um processo ele leva.
alda antunes
8 de abril de 2010 às 11:00
Não sei o que é pior se é esse tal Manoel Jover Telles, ser dedo duro. Ou se era a politica de estado da época, que comprava informações para matar.
Hoje tem muitos políticos e empresários importantes que subiram na vida sendo delatores de seus companheiros.
Não bastava chegar lá nessa reunião e prender? Matar com 50 tiros é mais legal né General?
Mas tb prender iria dar na mesma, pq a politica de estado naquele momento era a tortura e ocultação de cadaver.
Não consigo acreditar que tem pessoas que defendem qd esse General fala com orgulho que matavam.
Sou contra qualquer abuso contra a vida de qualquer ser humano, sendo ele de qualquer posição politica, mesmo esse tal General, não acho que deveria morrer.
Só sinto muito que a Lei de Anistia tenha perdoado ele, pois agora ele diz que mandou matar e nem um processo ele leva.
Silvio Jardim
8 de abril de 2010 às 16:18
Gostaria de perguntar o seguinte: É mais cruel matar com 50 tiros ou a coronhadas, como fazia Lamarca?
Se a familia do Lamarca recebe hoje pensão de Coronel, algo em torno de 12 mil reais, porque as familias das pessoas que foram mortas por ele não recebem nada?
Alda, eu não defendo o Gal., mas eu vejo os dois lados da historia.
Silvio Jardim
8 de abril de 2010 às 16:18
Gostaria de perguntar o seguinte: É mais cruel matar com 50 tiros ou a coronhadas, como fazia Lamarca?
Se a familia do Lamarca recebe hoje pensão de Coronel, algo em torno de 12 mil reais, porque as familias das pessoas que foram mortas por ele não recebem nada?
Alda, eu não defendo o Gal., mas eu vejo os dois lados da historia.
Alda Antunes
8 de abril de 2010 às 18:09
As pessoas que se sentirem prejudicadas pela Ditadura Militar, podem entrar com processo contra o estado,caberá ao juiz que julgar o caso se essa pessoa recebe ou não a indenização.
A discussão que devemos ter é se o Estado deveria mesmo ter matado essas pessoas que ela considerava subversiva?
Porque essas pessoas eram subversivas? Porque eram contra a ditadura?
Porque era proibido ser contra a ditadura?
As defesas aqui me parecem que gostariam que voltasse um período onde não existia liberdades, não havia democracia. Porque se fosse nesse período eu já não estaria mais aqui fazendo esse comentário.
Eu sei que pode ter gente que diga, mas na Ditadura Militar, construiu isso e aquilo.
Mas obras não são contrapartidas para se retirar liberdades, a democracia como fez o AI-5.
Alda Antunes
8 de abril de 2010 às 18:09
As pessoas que se sentirem prejudicadas pela Ditadura Militar, podem entrar com processo contra o estado,caberá ao juiz que julgar o caso se essa pessoa recebe ou não a indenização.
A discussão que devemos ter é se o Estado deveria mesmo ter matado essas pessoas que ela considerava subversiva?
Porque essas pessoas eram subversivas? Porque eram contra a ditadura?
Porque era proibido ser contra a ditadura?
As defesas aqui me parecem que gostariam que voltasse um período onde não existia liberdades, não havia democracia. Porque se fosse nesse período eu já não estaria mais aqui fazendo esse comentário.
Eu sei que pode ter gente que diga, mas na Ditadura Militar, construiu isso e aquilo.
Mas obras não são contrapartidas para se retirar liberdades, a democracia como fez o AI-5.
alda
8 de abril de 2010 às 18:22
Se os militares desse período acham que tudo que fizeram estava correto, por que são contra a abertura dos arquivos da ditadura?
Os arquivos que estão abertos hoje provam a crueldade com que tratavam os presos (e não adianta dizer que esses presos eram pessoas subversivas, porque nada explica um Estado tratar assim o cidadão),
Algumas pastas do DEOPS deixam claro que faltam páginas de documentos e que existe muita história que ainda não sabemos.
alda
8 de abril de 2010 às 18:22
Se os militares desse período acham que tudo que fizeram estava correto, por que são contra a abertura dos arquivos da ditadura?
Os arquivos que estão abertos hoje provam a crueldade com que tratavam os presos (e não adianta dizer que esses presos eram pessoas subversivas, porque nada explica um Estado tratar assim o cidadão),
Algumas pastas do DEOPS deixam claro que faltam páginas de documentos e que existe muita história que ainda não sabemos.