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Campo Mourão

Falta de insumos provoca suspensão de atendimentos a pacientes SUS e convênios no Hospital Santa Casa

Crise nacional de abastecimento de remédios tem afetado farmácias, hospitais e unidades de saúde na maioria das cidades do país.

Falta de insumos provoca suspensão de atendimentos a pacientes SUS e convênios no Hospital Santa Casa. Foto: Ilustrativa

A crise de desabastecimento de remédios que passa o Brasil atingiu Campo Mourão. O Hospital Santa Casa decidiu suspender a partir desta segunda-feira (20) todas as internações para cirurgias eletivas e atendimento ambulatorial. A medida vale para pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como para rede particular.

A decisão foi tomada a partir de conclusões apresentadas em reunião do corpo clínico da instituição realizada na última quarta-feira (15). O motivo, segundo a Santa Casa, é a criticidade de estoques e também a falta de itens essenciais para a realização de cirurgias.

A suspensão, segundo a o hospital, abrange todas as especialidades, incluindo Consórcio Intermunicipal de Saúde Campo Mourão (Cis-Comcam), o Estágio Curricular. Além da desativação do Centro Cirúrgico Geral com todo o fluxo de urgência e obstetrícia sendo redirecionados ao Centro Cirúrgico Obstétrico.

Desabastecimento de remédios no Brasil

O Brasil passa por uma fase de desabastecimento de remédios em diversas regiões. A falta de medicamentos tem afetado farmácias, hospitais e unidades de saúde na maioria das cidades do país.

Segundo o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) cerca de 43 medicamentos estão em falta no país. Entre eles, antibióticos como a clindamicina e a piperacilina sódica; analgésicos e antiinflamatórios, por exemplo: dipirona, cetoprofeno e dexametasona; um anestésico, a bupivacaína; e até soro fisiológico

O Conselho se manifestou sobre a falta de medicamentos no Brasil. “Estamos em contato com os gestores municipais e, de acordo com os monitoramentos realizados periodicamente, o cenário de desabastecimento se agrava, já sendo percebido nos serviços da Atenção Básica”, disse o comunicado divulgado no dia 8 de junho.

Pelo menos seis entidades mandaram ofício ao Ministério da Saúde para alertar sobre a escassez que atrasa cirurgias e tratamento em todo o Brasil e pedindo que medidas sejam tomadas: Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP), Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP), Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH) e Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP).

A situação também já havia sido relatada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que encaminhou, no fim de maio ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre o risco de desabastecimento de remédios pelo país.

“O desabastecimento nas redes pública e privada já alcança diferentes estados brasileiros. Há falta de antibióticos, antitérmicos, xaropes e antigripais, dentre outros essenciais, o que representa um grave risco para a saúde da população”, diz o documento.

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