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Flávio Bolsonaro homenageou milicianos suspeitos pelo assasinato de Marielle Franco

Foto: Adriano Machado / Arte: Mídia Ninja.

O Senador eleito pelo Rio de Janeiro e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Bolsonaro (PSL) continua no olho do furacão e sua situação ficou ainda mais delicada após a operação “Intocáveis” deflagrada nesta terça, 22.

Se antes as suspeitas que pairavam sobre o filho do presidente eram de ordem financeira, sobre origem de dinheiro em sua conta e em conta de seus assessores, agora Flávio vê seu nome próximo a milicianos que são suspeitos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Isso porque o ex-capitão do BOPE, Adriano Magalhães de Nóbrega, e o Major da PM, Ronald Paulo Alves, foram homenageados por Flávio em 2003 e 2004, respectivamente, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Os dois foram os principais alvos da operação, que resulta de cerca de seis meses de investigação e são suspeitos de integrar o grupo miliciano Escritório do Crime, principal milícia em atuação no Rio de Janeiro.

Mãe e esposa de suspeito de envolvimento com milícia trabalharam no gabinete do filho do presidente

Além da homenagem aos dois policiais, Flávio Bolsonaro empregou em seu gabinete a mãe, Raimunda Veras Magalhães, e esposa Danielle Mendonça da Costa Nóbrega, do policial Adriano Magalhães, que está foragido, um dos suspeitos no caso Marielle e também suspeito de comandar grupo miliciano no Rio.

As duas estavam nomeadas no gabinete do filho do presidente até o mês de novembro do ano passado. A mãe do suspeito, Raimunda, é uma das ex-servidoras de Flávio citadas no relatório do COAF e repassou cerca de R$ 4.600,00 para a conta de Fabrício Queiroz, outro ex-assessor de Flávio Bolsonaro, citado pelo COAF, por ter movimentações atípicas em sua conta.

Nota à imprensa

Em nota, divulgada pelas redes sociais, Flávio Bolsonaro se defende dizendo que não pode ser responsabilizado por atos que desconhecia envolvendo seus assessores diretos e afirmou que a funcionária que aprece no relatório do Coaf foi indicada por Fabrício Queiroz. Já quanto a mãe do foragido da Polícia, Flávio afirmou que “é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar”.

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