O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR), deflagrou na manhã desta quarta-feira (22) a quarta fase da Operação Di Venezia, que apura exploração de jogos de azar, organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa, em três residências e uma empresa na cidade de Goioerê.
Segundo o Ministério Público, o grupo investigado atua na exploração de jogos de azar (bingo eletrônico e caça-níqueis) em Ponta Grossa, mas tem origem em Goioerê, com foco nos mecanismos de financiamento da atividade ilícita e de lavagem dos ativos. A operação também investiga o possível pagamento de propina a agentes públicos.
A Operação Di Venezia foi iniciada em outubro de 2017. Nos quatro anos de investigação, o MPPR já ofereceu nove denúncias contra 27 réus, pelos delitos de organização criminosa, exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e tráfico de influência.
Houve ainda o fechamento de 13 casas de exploração de jogos de azar em Curitiba e Ponta Grossa, a apreensão de veículos e o sequestro de três imóveis obtidos com o lucro da contravenção.
Dois policiais militares já foram condenados por corrupção e por integrarem a organização criminosa, repassando informações sobre ações policiais e protegendo os contraventores. Três outros réus foram condenados por lavagem de dinheiro. Os demais réus aguardam os julgamentos em liberdade.
“Nessa fase o foco específico são os mecanismos de financiamento da atividade ilítica e de lavagem de ativos por um dos grupos que explora essa atividade ilegal”, disse o promotor de Justiça Antonio Juliano Souza Albanez.