Foi adiado por tempo indeterminado a volta às aulas presenciais na rede estadual de ensino do Paraná. A decisão se deve ao agravamento da pandemia da covid-19.
A notícia foi dada pelo secretário da Educação, Renato Feder, em comunicado na manhã desta sexta aos chefes dos Núcleos Regionais de Educação (NREs).
Uma nova data para a retomada do modelo híbrido, que concilia aulas presenciais com videoaulas, será avaliada e informada pela Secretaria da Educação e do Esporte (Seed). Mais de um milhão de alunos da rede darão continuidade ao ano letivo 2021 de forma remota.
A medida não vale para as escolas privadas, que estão liberadas para oferecer atividades presenciais desde quarta-feira (10).
Na quinta-feira (11) a APP-Sindicato anunciou uma greve para a próxima segunda-feira (15), dia que aconteceria a retomada das aulas presenciais, devido ao momento crítico da pandemia que o Estado vive. O Sindicato defende que as aulas continuem no mesmo modelo do ano passado, com aulas à distância.
A preocupação com a disseminação de novas cepas do vírus foi demonstrada pela representante da APP Sindicato, Walkiria Mazeto. Segundo ela, as escolas municipais e estaduais paranaenses não têm estrutura adequada para garantir a biossegurança dos alunos.
“Não é um ambiente controlado. Se o Estado não consegue dar conta do uso de máscaras e distanciamento, como os professores e profissionais vão controlar a interação social aguardada pelas crianças e adolescentes? Nossos profissionais usam transporte coletivo urbano para ir às escolas e um professor interage durante o dia com pelos menos 100 estudantes”, declarou Walkiria.
Conforme o boletim da covid-19 desta quinta-feira (11), o Paraná acumula 740.955 casos e 13.053 mortes em decorrência da doença. Neste momento, a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 95%.
Na semana passada, as prefeituras que compõem a Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam) manifestaram posição contrária ao retorno das aulas presenciais nas redes públicas municipais.