O Levantamento Rápido de Índices sobre infestação do Aedes aegypti (LIRAa) apontou baixo risco de infestação em Campo Mourão, de acordo com a Secretaria de Saúde do município. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (7).
A cidade saiu dos 4,5% em maio para 1,42%, número apontado como o mais baixo do ano pela Vigilância Sanitária, mas muito acima do valor preconizado pelo Ministério da Saúde que é de até 1%. O índice sugere que a cada 100 imóveis visitados, aproximadamente dois apresentaram focos do mosquito Aedes aegypti.
Conforme os dados divulgados pela Prefeitura nesta quinta, já foram registrados 1.128 no atual ano epidemiológico iniciado em agosto de 2021. Este número é considerado expressivo para o porte da cidade.
O novo status para 2 bairros da cidade aponta alerta para alto risco de epidemia ultrapassando o índice de 6% segundo a Vigilância. Foram 43 localidades analisadas os mais altos foram constatados nos Jardins Modelo 7,69% e Ipê 6,38%. Em 21 localidades o LIRA constatou índice zero de infestação.
Dos 1.756 imóveis pesquisados, em 25 foram encontrados focos do mosquito, a maioria em residências. O índice de infestação é obtido a partir dos resultados das amostras analisadas em laboratório e serve de base para o trabalho de combate ao mosquito.
“Embora tenha caído a infestação, o combate a dengue deve ser contínuo e depende de todos, porque o poder público sozinho não dá conta”, ressalta a coordenadora do trabalho de campo, Marinalva Ferreira da Luz. Ela observa que a maioria dos focos foi encontrada no lixo reciclável nos quintais das residências, por isso é fundamental eliminar recipientes com água parada, que são os criadouros para o mosquito.
Contudo, a situação de epidemia só é considerada com base nos números de casos de dengue e não por conta dos focos. Até o momento, de acordo com o boletim semanal da Secretaria de Estado da Saúde Campo Mourão registra 1.836 notificações, 1.128 são confirmações de dengue, 2 casos foram classificados como casos de dengue grave (DG) e 50 casos de dengue com sinais de alarme (DSA).
Entre os confirmados, 1.166 são autóctones, o que significa que o paciente contraiu a doença no município e 2 importados, quando a pessoa contraiu a doença em outra localidade. Além disso, 485 casos foram descartados, 100 tiveram resultados inconclusivos e 71 são suspeitas da doença aguardando confirmação.