Rodrigo Maia (DEM) é o novo presidente da Câmara dos Deputados. O parlamentar carioca venceu o seu principal adversário Rogério Rosso (PSD) por 285 a 170 em votação no segundo turno.
Sem a unificação do campo de esquerda, composto principalmente por PT, PCdoB, PSOL e PDT, os dois candidatos que conseguiram chegar ao segundo turno são da base do governo provisório de Temer. Contudo, Rosso, que era apoiado por Eduardo Cunha (PMDB) não conseguiu vencer a disputa o que pode gerar insatisfação ao centrão, que pode começar a dificultar as coisas para o governo interino.
Marcelo Castro (PMDB) que foi ministro de Dilma Rouseff e que era o mais forte candidato aliado ao governo afastado, fez 70 votos no primeiro turno, desidratado pelas candidaturas de Orlando Silva (PCdoB) e Luiza Erundina (PSOL).
Após a vitória, Maia agradeceu a esquerda afirmando: “Sem a esquerda, não venceria essas eleições”. No segundo turno, PCdoB e PDT declararam apoio ao candidato democrata e o PT liberou a bancada para votar, mas articulou uma maioria na votação para Maia. A justificativa para o alinhamento destes setores da esquerda ao candidato do DEM foi o apoio e articulação de Cunha ao outro candidato, Rogério Rosso.