Redução no número de horas atividades se soma a outras queixas dos educadores e pode ser o estopim para mais uma paralisação estadual.
O Governo do Paraná anunciou medidas muito duras contra os educadores paranaenses nos últimos dias. Na última sexta-feira, 20, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) enviou a Resolução que regulamenta a distribuição de aulas. A Resolução confirma mudanças na distribuição e ainda a diminuição nas horas atividades dos educadores.
Com a Resolução, cada professor terá duas horas atividades a menos por padrão de 20 horas. Até 2016, os professores tinham, para cada 20 horas, sete horas atividades, ou seja, um terço. Em 2017 o governo Richa (PSDB), que chegou a propagandear a importância da hora atividade em publicidade governamental – clique aqui e veja – reduziu essa porcentagem para 25%, contrariando a lei complementar 174/2014 – clique aqui e veja a lei.
A APP Sindicato informou que entrará com ação na justiça para barrar essa medida: “A APP-Sindicato destaca mais um retrocesso ao Plano de Carreira da categoria e deve entrar imediatamente com ação na justiça com o objetivo de barrar a distribuição de aulas” informou por meio de nota.
O anúncio da diminuição do número de horas atividades, com redução no número de professores contratados pelo estado – segundo a APP cerca de 7 mil -, sobrecarga nos professores que terão mais tempo em sala e menos tempo para preparar aula e corrigir trabalhos e avaliações, a mudança na sistemática da distribuição de aulas bem como o não pagamento da data-base em janeiro são alguns dos motivos que podem levar a categoria a mais uma greve de resistência no Paraná.
A Assembleia para deliberar sobre o assunto já está marcada. Será dia 11 de fevereiro, em Maringá.
