A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) está monitorando os casos de recebimento de pacotes de sementes no Estado originários de países asiáticos.
Desde setembro, quando começaram a ser registrados os primeiros casos no Paraná, a Adapar coletou 34 pacotes de sementes, desse 2 são de moradores de Campo Mourão.
A maioria foi recebida pelos destinatários sem que houvesse nenhum tipo de solicitação. No entanto, mesmo as pessoas que compraram as sementes têm procurado a Adapar para entregar o material.
Os casos foram registrados nos municípios de Curitiba (9), Colombo (1), São José do Pinhais (1), Campo Mourão (2), Guarapuava (1), Paranavaí (4), Marechal Cândido Rondon (1), Cascavel (1), Maringá (2), Londrina (1), Fazenda Rio Grande (1), Mauá da Serra (1), Ponta Grossa (1), União da Vitória (1), Pato Branco (1) Icaraíma (1), Iporã (1), Marmeleiro (1), Rolândia (1), Jacarezinho (1) e Palmeira (1).
Logo que o Brasil registrou a primeira ocorrência, a Adapar elaborou um plano de ação para reduzir o risco fitossanitário. “Assim, quando houve o primeiro caso no Paraná, o plano foi rapidamente encaminhado para todas as nossas unidades”, disse Renato.
Os técnicos da Adapar encaminham os pacotes de sementes ao Ministério, que os envia para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Goiânia.
Na segunda-feira (5), a equipe do Ministério da Agricultura revelou ter identificado a presença de ácaros, fungos, bactérias e possíveis pragas em algumas das 258 amostras coletadas no Brasil. Os únicos estados que ainda não registraram o recebimento do material foram Maranhão e Amazonas. Nos próximos 30 dias devem ser divulgados mais detalhes sobre os resultados.
No Paraná, também foram registrados dois casos de pessoas que plantaram as sementes, em Maringá e Londrina. Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, há medidas específicas com relação às plantas eventualmente originadas do material importado.
“Quando isso ocorre, os fiscais têm ido ao local e coletado todas as plantas, incluindo raízes, substrato e amostra do solo”, diz. O material é encaminhado ao Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti, laboratório da Adapar, onde serão feitas análises para identificar a eventual ocorrência de pragas.
Esses envios podem se tratar de um esquema fraudulento chamado “brushing” (do verbo espalhar, em inglês). O envio de mercadorias não solicitadas serve para registrar compras falsas, realizadas por perfis falsos, mas com dados de consumidores reais.
Isso ajuda a impulsionar um determinado lojista dentro de plataformas do tipo marketplace, um site que vende produtos de várias lojas. Com aumento das vendas, aumenta a avaliação e o site ganha mais destaque.
Com AEN-PR