Foi aberta recentemente a exposição temática Caminhos de Peabiru durante o I EPCP – Encontro Paranaense sobre os Caminhos de Peabiru, a qual e fala sobre a epopeia de três etnias que viveram nas terras de Peabiru em outros tempos, os povos Guarani, Caingangue e Xetá, bem como os Jesuítas, aventureiros europeus e Bandeirantes.
A exposição conta com um amplo painel que toma toda a área de uma parede e é de autoria do historiador e geógrafo Arléto Rocha.
O painel é ilustrado por um mapa do Paraná cortado por uma corda que simboliza o Caminho de Peabiru em seu ramal, partindo do Oceano Pacífico, passando por Cuzco, no Peru, as Minas de Potosí, na Bolívia, Paraguai e chegando ao Paraná. Esta corda representa o caminho que integra as culturas e espaços.
Há um ramal secundário marcado por corda mais fina a qual passa pelo sudoeste do Paraná, região oeste, e chega à região do município de Peabiru para seguir até a fronteira com São Paulo. Esta corda representa a ação da agricultura que apagou o caminho.
As cores de fundo, vermelho e laranja, exprimem o sangue derramado de tantos povos nestas terras, e sobre esse fundo, há colagens de gravuras acerca do tema. “As colagens foram inspiradas nas ideias das minhas filhas Erica e Vitoria, as quais ajudaram a tecer essa parte do painel”, ressalta o historiador e geógrafo.
Em volta do painel, diversas perguntas relativas à cultura indígena foram grafadas de maneira simples e direta, tais como “Índio pode usar celular? O que os índios vestiam no frio? Onde estão as marcas dos caminhos que ninguém vê mais?”, entre outras.
A exposição conta com instrumentos de pedra polida e lascada de indígenas do município de Peabiru, alguns itens datando até 7 mil anos de idade, bem como artesanatos contemporâneos dos índios Caingangue, além de fosseis de Floresta de Araucárias com 6 mil anos, os quais cobriam a cidade.