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Campo Mourão

Museu guarda áudios históricos que resgatam a memória de Campo Mourão

Na gravação, o primeiro prefeito eleito relembra o processo de emancipação política de Campo Mourão em 1947.

O Museu de História, Imagem e Som Deolindo Mendes Pereira, mantido pela Secretaria Municipal de Cultura, é um dos principais guardiões da memória sonora de Campo Mourão. Em seu acervo, estão reunidas verdadeiras preciosidades em áudio que ajudam a contar a trajetória política, social e cultural do município. Entre os registros mais valiosos está o depoimento do primeiro prefeito eleito, Pedro Viriato de Souza Filho, gravado em 1978, durante uma homenagem prestada pelo então prefeito Augustinho Vecchi.

Na gravação, o primeiro prefeito eleito relembra o processo de emancipação política de Campo Mourão em 1947 e as primeiras ações do recém-criado município — um testemunho de grande valor histórico. Outro destaque é a gravação das festividades do 21º aniversário de Campo Mourão, celebrado em 1968, com discursos de Milton Luiz Pereira, Augustinho Vecchi e do então governador Paulo Pimentel, que na ocasião recebeu o título de Cidadão Honorário do município. As solenidades foram transmitidas ao vivo pela Rádio Colmeia, registrando um dos momentos mais marcantes da história local.

O acervo também preserva as vozes do prefeito Horácio Amaral (1969–1973), registradas em fitas que documentam a inauguração do Mercado Municipal, do prédio que hoje abriga a Unespar, além de registros sobre a chuva de granizo de 1971, que devastou a cidade. Em uma dessas gravações, o próprio prefeito, ao microfone da Rádio Colmeia, relata em tempo real o drama que se abateu sobre Campo Mourão, num testemunho de grande força histórica e emocional.

O museu ainda conserva áudios das posses de prefeitos eleitos entre 1983 e 2020, preservando as vozes e discursos de diferentes gestões que marcaram a história política do município.

Para o secretário municipal da Cultura, Roberto Cardoso, o acervo sonoro do museu é um patrimônio inestimável. “Esses áudios nos permitem ouvir a história com as próprias vozes de quem a viveu. Cada fita traz um fragmento da memória de Campo Mourão, e nosso trabalho é garantir que essas vozes continuem vivas para as futuras gerações”, destacou.

O Museu de História, Imagem e Som guarda mais de 100 fitas cassete com gravações que vão desde discursos políticos e programas radiofônicos até palestras históricas, como as de Nelson Prado e Dom Eliseu Simões Mendes, primeiro bispo da Diocese de Campo Mourão. Parte do material já está digitalizada, enquanto outras fitas aguardam o processo de preservação.

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