Enquanto o Paraná vive dias de escândalo com as notícias das investigações da “Operação Quadro Negro” que aponta o desvio de cerca de R$ 20 milhões de reais que eram destinados a obras de escolas públicas estaduais, instituições de ensino que abrigam crianças e adolescentes sofrem com a total falta de estrutura para receber os estudantes.
A APP Sindicato dos professores e funcionários de escolas, denuncia a falta de condições em muitas instituições: “Vidros quebrados, paredes descascadas, rodapés soltos e até um telhado envergado. Essa poderia ser a descrição de uma construção antiga, já desgastada pelo uso e pelo tempo, no entanto, é narração sobre como está a nova ala do Colégio Estadual Amâncio Moro, em Curitiba, recém entregue à comunidade escolar pelo governo do Estado” diz nota divulgada em seu site.
Em Ponta Grossa, outro relato não condizente com a importância da atividade educacional. O diretor da Escola Estadual Frei Doroteu de Pádua, professor Luiz Fernando Ferreira de Lima, afirma que “Desde 2007 foram construídas, em caráter emergencial, quatro salas de madeira para atender, provisoriamente, a demanda da nossa escola. A promessa é que em três anos sairiam as salas de alvenaria. Até hoje isto não aconteceu”. De lá para cá, segundo o educador, “são nove anos de calvário”.
“Quando faz frio, é terrível. Mas quando faz calor, é insuportável. Nestes dias, ninguém consegue permanecer nestas salas, as aulas têm que ser ministradas em espaços alternativos, como o pátio ou ginásio. A parte elétrica é perigosa, vivemos recapando os fios. E as paredes, nestes anos todos, já estão cheias de buracos”, relata Lima.
Quadro Negro
De acordo com as investigações, parte do dinheiro desviado que seria usado na construção e reforma de escolas públicas poderia ter sido colocado na campanha de reeleição do governador Beto Richa (PSDB). O governador nega.






























