Opinião: Egito

Hoje a pedidos me atrevo a dar opinião e escrever algo sobre os últimos acontecimentos no Egito e outros países da região.

Ao contrário do que pregam muitos analistas (um deles Arnaldo Jabor – se é que nós podemos chama-lo assim) as recentes revoltas que vem acontecendo nesses países especialmente no Egito, não são vitórias do ocidente ou vitórias do pensamento ocidental sobre essas populações que então, estariam se alinhando mais ao ocidente. Pelo contrário. A revolta, que no Egito já está sendo conhecida como “Revolução de Jasmin” trata-se de uma luta pela liberdade, contra as ditaduras e seus ditadores que nesse páis já dura cerca de 30 anos. Ditaduras essas aopiadas pelo ocidente por manter o “status quo” na região. Manter os interesses geopolíticos, petrolíferos e comerciais norte-americanos na região.

A luta dos egípcios é para acabar com isso, muito diferente do que Jabor supõe. Tanto é que agora os EUA lutam para uma transição pacífica sem mudanças políticas drásticas que poderiam afastar o Egito da influência norte-americana e o leva-lo a uma maior liberdade ao seu povo. Obama chegou a repreender publicamente os militares norte-americanos no Egito e em outros países da região que não se atentaram para uma revolta de grandes proporções como essa.

Dizer que o que está acontecendo no Egito é uma vitória dos valores ocidentais é no mínimo um erro de avaliação. Mas para que essa “Revolução de Jasmin” seja vitoriosa e alcance o desejo da população essa deve estar associada as lutas pelas liberdades democráticas, pela autoderteminação do seu país, recuperando a sua soberania, muitas vezes perdida por interesses de outras nações.

Enfim a luta no Egito é por liberdade e por direitos básicos de sua população, extremamente jovem que sofre com uma ditadura de três décadas apoiada pelas democracias ocidentais. Liberdade essa que os próprios egípcios desejam construir sem intromissões, interferências ou exemplos a serem seguidos.