As recentes denúncias de desvio de dinheiro público que seriam usados na construção de escolas no Paraná chocou a opinião pública do estado e levou a bancada de oposição na Assembleia Legislativa e iniciar o debate sobre a abertura de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito – para investigar o caso.
Conforme denúncia do GAECO, o suposto desvio poderia ter causado um prejuízo de R$ 18 milhões de reais aos cofres públicos. O esquema, quase a totalidade do dinheiro previsto em contrato foi liberada pelo governo à Valor Construtora para tocar dez obras, embora a empresa tenha executado apenas parte dos serviços. A fraude ocorria a partir de falsas medições sobre a evolução dos trabalhos, o que permitia a liberação das faturas de pagamento.
Parte dos recursos desviados teria abastecido campanhas eleitorais em 2014, incluindo a da reeleição do governador Beto Richa (PSDB). Dois aliados do governador, o presidente da ALEP, Deputado Ademar Traiano (PSDB) e o primeiro secretário, Deputado Plauto Miró (DEM) poderiam estar envolvidos. Os dois negam participação.
Não será fácil conseguir a adesão para uma comissão de investigação, já que o governo Richa tem uma maioria folgada na casa. No entanto, o líder da oposição, Deputado Tadeu Veneri (PT) acredita que é um dever dos parlamentares investigar: “Se não fizermos isso, vai ficar notório que a Casa estará ignorando o assunto que pauta a vida pública no estado há 60 dias” afirmou Veneri.
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Se uma forte suspeita de desvio de dinheiro público na ordem de R$ 18 milhões de reais para construção e ampliação de escolas não é motivo para uma CPI, o que seria?






























