A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou nesta quarta-feira (1º) mais 49 casos e cinco óbitos provocados pela variante Delta da Covid-19 e suas mutações. Os dados foram repassados no relatório de circulação de linhagens Sars-CoV-2 (vírus responsável pela Covid-19) por sequenciamento genômico, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os novos casos foram registrados em Paranaguá, Araucária, Colombo, Curitiba, Piên, Piraquara, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Fernandes Pinheiro, Imbituva, Palmas, Cascavel, Guaraniaçu, Toledo e São João do Ivaí. Os óbitos são de Curitiba (4) e Toledo (1): três homens (31, 46 e 56 anos) e duas mulheres (51 e 66 anos).
Atualmente no Paraná já foram confirmados 125 casos e 26 óbitos provocados pela Delta. Destes 30 casos são originários de sublinhagens AY.4 e AY.12, com dois óbitos da AY.4.
Sublinhagens
Sublinhagens de variantes são fenômenos que fazem parte da evolução viral natural e estão associados à taxa de replicação da doença. Quanto mais o vírus se multiplica, mais rápido ocorrem os processos de evolução.
O vírus Sars-CoV-2 sofre mutações esperadas dentro do processo evolutivo de qualquer vírus RNA. Quando isso acontece, caracteriza-se como uma nova variante do vírus.
Para a nomenclatura não ficar muito comprida, quando chega em 4 caracteres, é dado um novo nome. É o que aconteceu com a P.1 e P.2: os nomes oficiais eram B.1.1.28.1 (para a P.1) e B.1.1.28.2 (para a P.2). A AY.4 é a B.1.617.2.4 e a AY.12 é a B.1.617.2.12.
Variante de Atenção
Quando as mutações ocasionam alterações relevantes clínico epidemiológicas, como maior gravidade e maior potencial de infecção, essa variante é classificada como VOC (variant of concern ou variante de atenção).
As VOC são consideradas preocupantes devido às mutações que podem conduzir ao aumento da transmissibilidade e ao agravamento da situação epidemiológica. As sublinhagens da variante delta, assim como a própria cepa, são consideradas como VOC.