
Influência dos governadores pode ter ajudado governo a conseguir os votos necessários. Flávio Dino (Foto) foi o destaque nas articulações.
Pela ordem de votação estabelecida pela Câmara dos Deputados, a primeira impressão que ficará é de vitória tranquila dos deputados que apoiam o Impeachment. No entanto, o jogo tenderá a mudar quando iniciarem as votações dos estados nordestinos, previstos para o final.
Isso se deve, principalmente, a ação dos governadores nordestinos, que atuaram duramente contra o Impeachment da Presidente Dilma Rouseff (PT). Um deles, Flávio Dino (PCdoB) esteve diretamente empenhado em convencer deputados a mudar de lado.
Esse movimento dos governadores do Nordeste do país ajudou a mudar a conjuntura, que estava favorável ao movimento de Impeachment capitaneado por Eduardo Cunha e Michel Temer.
A volta de Michel Temer para Brasília é uma mostra significativa de que as coisas não estavam indo como sonhavam o consórcio oposicionista. Temer, que estava em São Paulo, teve que voltar para negociar votos importantes que já considerava garantido.
Margem pequena
Caso o governo consiga barrar o Impeachment, a margem será pequena. São necessários 172 votos para que o processo não siga para o Senado Federal.
Na manhã deste domingo, aliados do governo falaram em 200 votos contra o Impeachment. Já aliados de Cunha e Temer falaram que tem 370 votos assegurados. Como a Câmara dos Deputados é composta por 513 parlamentares, alguém está errando na conta.





























