conecte-se conosco

Olá, o que você está procurando?

Brasil

Preço da carne tem maior queda em 15 meses; picanha foi a que mais barateou

Dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira apontam um recuo de 1,22% no preço da carne vermelha em fevereiro.

Preço da carne tem maior queda em 15 meses; picanha foi a que mais barateou

Os preços das carnes caíram 1,22% em fevereiro no Brasil, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É a maior baixa desses produtos no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desde novembro de 2021.

Ou seja, a nova queda é a mais intensa em 15 meses, o equivalente a mais de um ano. Em novembro de 2021, as carnes haviam recuado 1,38%.

Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IPCA, lembrou que os preços já vinham em uma trajetória de trégua após fortes altas na pandemia.

Segundo ele, a baixa em fevereiro deste ano pode ter sido intensificada pelo impacto inicial do embargo às exportações brasileiras para a China. A suspensão teria resultado em um aumento da oferta no mercado interno.

Os embarques para o país asiático foram paralisados a partir de 23 de fevereiro. A medida veio após a confirmação de um caso de mal da vaca louca no Pará.

A variação do IPCA foi calculada a partir dos preços coletados no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro, segundo o IBGE.

“As carnes já vinham tendo uma redução, e nesse mês foi mais pronunciada. Por isso, acho que tenha efeito da redução das exportações”, disse Kislanov.

A economista Luciana Rabelo, do Itaú Unibanco, faz avaliação semelhante. “Pode ter tido algum impacto [do embargo], mas é uma inflação que já vinha desacelerando”, afirmou.

O Ministério da Agricultura confirmou neste mês que o caso de vaca louca no Pará foi atípico, mais comum em bovinos mais velhos e sem riscos para a cadeia produtiva e consumidores.

Picanha tem maior queda

No IPCA, a variação das carnes reflete os preços de 18 subitens. Em fevereiro, a picanha foi o corte pesquisado com a maior queda (-2,63%). Em seguida, vieram fígado (-2,50%), alcatra (-2,50%), capa de filé (-2,37%) e costela (-2,28%).

A picanha, aliás, ocupou o centro de debates a partir da campanha eleitoral do ano passado. À época, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a dizer que o brasileiro deveria voltar a fazer churrasco e consumir esse corte, que tradicionalmente é um dos mais caros.

A queda de 2,63% é a maior para a picanha desde fevereiro de 2022. À época, os preços do produto haviam recuado 3,75%.

No acumulado de 12 meses, as carnes passaram de uma inflação (alta) de 0,04% em janeiro deste ano para uma deflação (queda) de 1,63%.

O IBGE destacou que esses produtos contribuíram para a desaceleração do grupo alimentação e bebidas no IPCA.

De janeiro para fevereiro, a inflação do segmento passou de 0,59% para 0,16%. Em 12 meses, a alta de alimentação e bebidas saiu de 11,07% para 9,84%.

O IPCA é o índice oficial de inflação do país. Em termos gerais, acelerou para 0,84% em fevereiro com a pressão dos reajustes de educação no começo do ano letivo. A alta do IPCA havia sido de 0,53% em janeiro.

Por Leonardo Vieceli/Folhapress

Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

Campo Mourão

O festival proporciona atividades culturais e recreativas nos três parques municipais.

Campo Mourão

Aniversariante chegou a se esconder no meio do mato pra fugir de blitz da aglomeração.

Todos

Ao todo foram 265 prêmios oferecidos aos consumidores na campanha promocional.

Campo Mourão

Cidade já perdeu 126 moradores para doença