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Presidente da Câmara Municipal de Quarto Centenário é preso em flagrante em operação do Gaeco

Presidente da Câmara Municipal de Quarto Centenário, Claudinei Carlis (PSDB), foi preso em flagrante, nesta terça-feira (10), por posse ilegal de arma de fogo, em operação do Ministério Público do Paraná (MPPR) que investiga possível fraude em venda de mercado.

A Operação batizada de Bom Preço realizou o  cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão, obtidos pela 1ª e 2ª Promotorias de Justiça de Goioerê, sendo executada por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no gabinete do presidente da Câmara, na sua residência, em mercado e na residência da suposta dona do mercado. Durante a operação, o vereador foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e munição.

Conforme apurou o MPPR, há indícios de que tenha havido a simulação da venda do mercado, que era de propriedade do vereador, atualmente, concorrente ao cargo de prefeito nas eleições deste ano, para uma funcionária do estabelecimento que não tinha condições de fazer a compra.

A venda supostamente simulada por R$ 80 mil em 40 prestações de R$ 2 mil, valor e condições incompatíveis com o faturamento do mercado, teria sido feita um dia antes da diplomação do vereador, com o objetivo de manter contrato de fornecimento que o estabelecimento possuía com o Município e afastar a incidência dos dispositivos constantes da Lei Orgânica do Município de Quarto Centenário e do Regimento Interno da Câmara de Vereadores que proíbem a contratação com o Município de pessoas jurídicas administradas por membros do Poder Legislativo. O mercado recebeu, de 2017 a 2020, mais de R$ 1 milhão em decorrência do contrato.

O MPPR levantou diversos indícios de que a propriedade continua sendo do investigado: permanência do fornecimento de energia elétrica e do endereço eletrônico dele como responsável, uso de veículo de propriedade do investigado para atividades da empresa, inclusive entrega de compras, manutenção de familiares próximos do vereador como funcionários e em cargos de comando da empresa, impossibilidade de a compradora pagar o preço combinado e o fato de a transferência ter sido feita um dia antes da posse do investigado no Legislativo.

Nas buscas, foram apreendidos documentos, anotações, cheques e dinheiro em espécie. Na residência do presidente da Câmara, foram encontrados um revólver calibre 32, uma caixa com 46 munições e R$ 13.138,00 em espécie.

Com informações MPPR

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