A APP Sindicato divulgou nota afirmando que os professores e funcionários da rede pública estadual completaram neste mês de janeiro, dois anos sem receber o reajuste da inflação.
De acordo com o Sindicato, “a data-base é uma luta de décadas do funcionalismo público. Só em 2007, depois de muita reivindicação, foi instituída com a Lei 15.512 que estipula o pagamento do reajuste da inflação para todo o dia primeiro de maio, uma forma de assegurar que o poder de compra dos servidores não diminua, assim como os demais trabalhadores que têm seu salário ajustado conforme a variação anual da inflação”.
A situação vai deteriorando o salário dos mestres paranaenses, desestimulando muitos profissionais. É o caso da professora Inês da Silva Gomes, que leciona na cidade de Paiçandu. “Me desestimula muito esta situação. Todo mundo tem aumento. O salário mínimo tem reajuste todos os anos. Por que a gente não tem? O que temos de errado? O meu emocional está revoltado porque acompanhei a negociação de 2014 e 2015, fiz greve, repus minhas aulas, trabalho todos dias, eu cumpri a minha parte, mas o governo não cumpre a dele”, pondera.
A APP divulgou que o governo deve a cada educador e agente educacional o equivalente a 1,08 salários: “Ao não conceder os 8,53% o servidor perdeu uma somatória de mais de um salário nestes dois anos”, calcula o economista Cid Cordeiro.
A situação entre educadores e governo vai ficando cada vez mais tensa. No dia 5 de fevereiro, os professores e funcionários da educação do Paraná devem fazer uma grande manifestação em Curitiba. Uma possibilidade de nova greve não está descartada.
Coletiva de imprensa
Nesta quinta-feira, 1º, o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão e o economista Cid Cordeiro receberão a imprensa, na sede da APP-Sindicato para uma coletiva onde apresentarão os estudos econômicos que respaldam as revindicações do Sindicato para o cumprimento da Lei da data-base. A coletiva acontece às 9h30.