Professores realizaram manifesto durante a visita, nesta quinta-feira (22), do governador Ratinho Junior (PSD) e o secretario de educação Renato Feder a Campo Mourão.
O ato de repúdio às políticas educacionais implantadas pelo governo do Paraná na última semana aconteceu durante a inauguração do Colégio Estadual Novo Horizonte.
A Secretaria de Estado de Educação (Seed) emitiu resolução na última terça-feira (20), convocando professores e funcionários de escola para realizar expediente nas escolas de oito horas diárias nas escolas.
A resolução ainda prevê punição as pessoas do grupo de risco, que estão trabalhando de forma remota, quando antecipa a retirada de direitos como auxílio-transporte e adicional noturno.
Segundo a App-Sindicato, que representa a categoria, nesse momento não há demanda de trabalho nas escolas que justifique a obrigação de ficarem oito horas nas instituições se expondo à infecção e transmissão do novo coronavírus.
Para a entidade o documento desrespeita as orientações das autoridades de saúde e coloca em risco a vida dos trabalhadores.
“A partir do momento que a Secretaria da Educação faz com que milhares de funcionários, equipe pedagógica e professores tenham que ir pra escola, sem necessidade, o secretário Renato Feder mostra que não tem responsabilidade com a vida dos profissionais da educação, dos estudantes, da comunidade e com a saúde pública”, disse a secretária de funcionários da APP-Sindicato, Nádia Brixner.
Os professores que protestaram ontem em Campo Mourão carregavam faixas denunciando o processo de ataques aos direitos dos trabalhadores da educação, como a terceirização dos funcionários e a precarização da jornada de trabalho.
O Conselho Estadual de Educação e o Conselho Estadual de Saúde se posicionaram contrários à retomada das atividades presenciais. De acordo com os membros desses conselhos, o número significativo de casos de coronavírus é um risco para a categoria e a comunidade escolar.
A App-Sindicato informa que neste momento de pandemia o governo ainda não solucionou o problema da falta de segurança e estrutura das escolas para retorno das atividades presenciais.
“Ainda há escolas sem receber os kits de proteção da contra a covid-19 para realizar as atividades extracurriculares que já começaram a ser retomada essa semana”, relatam dirigentes.